Contratado para registrar a soltura de tamanduás, reintroduzidos na natureza após os incêndios no Pantanal, o biólogo e produtor audiovisual Luiz Mendes, de 27 anos, se deparou com a florada dos ipês e aproveitou os momentos de folga para, “do alto”, registrar as belezas do bioma pantaneiro, mostrando as flores, o pôr do sol e até o descanso dos jacarés à beira do rio.
“Eu passei dez dias no Pantanal e estava a serviço de uma ONG [Organização Não Governamental] americana, onde acompanhei a soltura do primeiro bicho introduzido após os incêndios. Foi aí que vi todas as tonalidades de cores possíveis com os ipês. Tinha o rosa, o roxo, estava fantástico, porém, ainda tinha muita fumaça. Daí veio a chuva, elas caíram e começaram a aparecer os ipês amarelos e os brancos”, afirmou ao G1 Luiz.
Conforme o biólogo, o período de florada dos ipês traz um “esplendor” maior para quem está acostumado a olhar a paisagem pantaneira.
“É um festival de cores e eu, particularmente, sou apaixonado. Sou suspeito mesmo para falar. Os ipês colorem toda a paisagem e é toda uma sequência. Também tem os jacarandás. São todas espécies da mesma família”, contou.
Na mesma ocasião, o biólogo também mostrou os jacarés no poção e o pôr do sol. “É um período de extrema seca e os jacarés vão ali para se alimentar, porque é onde ainda tem alguns peixes e até a predação ali entre eles as vezes ocorre. São lugares que precisam ser preservados, cuidados, então, é um alerta também porque estes incêndios são muito perigosos”, finalizou.