‘Me arrumei, tomei banho e tentei me matar’, afinal, por que as pessoas cometem suicídio?

Era uma manhã ensolarada de segunda-feira. No trabalho, o namorado de uma advogada de Campo Grande recebe uma chamada de vídeo dela. Caída no banheiro e pálida, ela mal consegue pronunciar as palavras “desculpa, desculpa, eu não consegui”.

Desesperado ele encerra a chamada e liga para o irmão dela, que por sorte estava em casa junto do pai. Os dois a encontram escorada na parede.  Ela acabara de ingerir uma grande quantidade de remédios para depressão de uma vez. Estava tentando se matar.

A advogada preferiu não se identificar, mas não se furtou de falar sobre o assunto para lá de delicado. Aliás, se tivesse de escolher um adjetivo, não seria esse.

“Apesar de a idealização de suicídio, e apesar da minha depressão me acompanhar há muitos anos, no dia em que eu acordei (se referindo ao dia da tentativa) era como se aquele dia fizesse mais sentido do que nunca. Eu tomei banho, me arrumei e tomei vários remédios e, alguns minutos depois, quando eu não conseguia mais ficar de pé, foi como se todos os sentimentos que tinham me abandonado aquela manhã aparecessem”, conta ela se referindo ao feixe de luz sobre sua cabeça em meio à escuridão em que estava perdida.

“Eu pensei nas pessoas que me amam e que eu estava tratando a depressão e aquilo era eu ouvindo essas vozes. Senti muito medo de morrer e de não conseguir avisar alguém a tempo e também senti vergonha por não ter conseguido ser forte o bastante”, conclui.

O motivo pelo qual a advogada de apenas 25 anos tomou a atitude que tomou, até hoje é difícil de explicar para ela. Podem ter sido sentimentos somatizados que desaguaram num dia de fragilidade maior, no agravamento de uma depressão já aguda, é o contexto, a oportunidade.

Mas esse foi um caso dela e, quando se fala em suicídio, nada é generalizado.

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