A campanha Setembro Amarelo de 2021 tem como tema: “Falar é a melhor solução”. Infelizmente, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo.
No Brasil, todos os dias cerca de 32 pessoas dão fim a própria vida. O número corresponde a uma morte a cada 45 minutos.
A Organização Mundial da Saúde afirma que “as tentativas de suicídio de adolescentes estão muitas vezes associadas a experiências de vida humilhantes, tais como fracasso na escola ou no trabalho ou conflitos interpessoais com um parceiro romântico.”
Os principais fatores de risco para suicídio são: transtornos psiquiátricos – os transtornos mentais mais frequentes são depressão, bipolaridade, alcoolismo, abuso de substâncias, transtorno de personalidade e esquizofrenia; tentativa prévia de suicídio – estima-se que pessoas que já tenham tentado tirar sua vida, possuem de cinco a seis vezes mais chance de tentar suicídio novamente.
Cerca de 50% das pessoas que se suicidaram já haviam tentado anteriormente; Solidão – alguns estudos indicam também que há prevalência de tentativas de suicídio acima de 65 anos. Isso indica que idosos podem sofrer com a solidão, sentimento de incapacidade e falta de perspectiva no futuro, levando à ideias suicidas.
Entretanto, além dos supracitados, podem haver também fatores como: abuso sexual na infância; alta recente de internação psiquiátrica; doenças incapacitantes; impulsividade/agressividade; isolamento social; problemas financeiros; suicídio na família.
Quando a família ou amigos percebem que teve mudanças no comportamento, é preciso agir com urgência, antes que aconteça uma tragédia. Um suicídio afeta 20 pessoas que conviviam com a pessoa.
Ainda há falta de conhecimento sobre o suicídio, por isso que muitos dizem que: “quem mata não avisa”, “que é frescura”, “que é falta do que fazer”. No entanto a pessoa avisa aos poucos, através de mensagens e das mudanças comportamentais.
Em Cruzeiro do Sul, no ano de 2020 teve um total de 47 notificações sobre tentativas de suicídio. Neste ano até o momento há 48 notificações. Esses dados foram coletados com a Vigilância Municipal de Epidemiologia.
A família ou amigos podem levar a pessoa para o CAPS Náuas, Hospital, Postos de Saúde, procurar médicos, psicólogos, psiquiatras, para iniciar os tratamentos.
Texto: Cintia Sampaio- Psicóloga