Sem concurso, Funai recebe aval para 776 vagas temporárias

À espera de um novo concurso Funai, a Fundação Nacional do Índio recebeu aval para contratar 776 profissionais temporários. A portaria autorizativa foi publicada nesta terça-feira, 21, com aval dos Ministérios da Economia e da Justiça e Segurança Pública.

Conforme o documento, a Funai poderá preencher 776 vagas temporárias, em edital que pode ser publicado já a partir desta terça, 21.

“Os profissionais […] poderão ser contratados a partir da publicação dessa Portaria Interministerial para atendimento de emergência em saúde pública”, diz parte do documento.

Ainda segundo a portaria, os contratos terão duração de seis meses, mas poderão ser prorrogados até o limite de dois anos. A Funai definirá a remuneração dos profissionais

As oportunidades serão distribuídas pelos seguintes cargos:

  • supervisor dos agentes de proteção etnoambiental (50 vagas);
  • chefe dos agentes de proteção etnoambiental (121); e
  • agente de proteção etnoambiental (605).

As escolaridades ainda não foram reveladas, mas é possível que os cargos de chefia sejam ocupados por profissionais de nível superior. Já o posto de agente pode exigir o nível médio como requisito.

Os locais de atuação também não foram divulgados. Com a publicação da portaria, o edital já pode ser divulgado. Folha Dirigida está em contato com a Fundação, para saber mais detalhes sobre o processo seletivo.

Resumo sobre a seleção

  • Órgão: Fundação Nacional do Índio (Funai)
  • Cargo: agente de proteção etnoambiental, supervisor e chefe dos agentes de proteção etnoambiental
  • Vagas: 776 temporárias
  • Requisito: níveis médio e superior (previstos)
  • Remuneração: a definir
  • Banca: a definir
  • Status: aguardando edital

Concurso Funai foi solicitado ao ME

A Fundação Nacional do Índio planeja realizar um novo concurso Funai no primeiro semestre de 2022. Em resposta à Folha Dirigida, o órgão confirmou a intenção de ofertar 1.043 vagas de níveis médio, técnico e superior.

No entanto, de acordo com a Fundação, a solicitação precisa ainda ser analisada e aprovada pelo Ministério da Economia, pasta responsável pelo aval.

Se aprovada, a seleção será regionalizada, com oferta de vagas em regiões específicas.

“Uma vez submetido ao Ministério da Economia, caso seja autorizado, esta nova solicitação para realização de concurso público tem previsão para ser realizado no primeiro semestre de 2022, em todo o país, com a oferta de vagas em formato regionalizado.”

A Fundação também revelou os cargos solicitados ao Ministério da Economia para a realização do novo concurso, mas não o quantitativo exato para cada função. No caso das oportunidades de nível superior, foram solicitadas vagas para:

  • Administrador;
  • Antropólogo;
  • Arquiteto;
  • Arquivista;
  • Assistente social;
  • Bibliotecário;
  • Contador;
  • Economista;
  • Enfermeiro;
  • Engenheiro;
  • Engenheiro Agrônomo;
  • Engenheiro Florestal;
  • Estatístico;
  • Geógrafo;
  • Indigenista Especializado;
  • Médico;
  • Médico Veterinário;
  • Odontólogo;
  • Pesquisador;
  • Psicólogo;
  • Sociólogo;
  • Técnico em Assuntos Educacionais;
  • Técnico em Comunicação Social; e
  • Zootecnista.

No nível intermediário, o pedido foi para os cargos de técnico em contabilidade, que exige diploma de curso técnico na função, e agente em indigenismo, que exige apenas o nível médio completo.

Para essas carreiras, segundo dados de junho de 2019, o ganho mensal chega a R$6.420,87 (nível superior) e a R$5.349,07 (médio).

Funai também fez pedido para repor vacâncias recentes

Com as restrições relacionadas às contratações durante o estado de calamidade pública, a Funai colocou em prática um plano B, caso não seja concedida autorização para preencher todas as vagas solicitadas para o seu concurso público.

Em nota, o órgão informou que também enviou um pedido de autorização para, pelo menos, repor vacâncias nos termos da Lei Complementar nº 173/2020, que estabeleceu o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus.

Esse pedido seria para preencher 227 vagas, sendo 69 de nível médio e 158 de nível superior. Agora, cabe ao Ministério da Economia avaliar a demanda e conceder ou não ou aval para o concurso Funai.

“Caso não seja possível a autorização da integralidade das vagas requeridas, a fundação solicitou a autorização para realização de concurso público a fim de recompor vacâncias nos termos do art. 8º, inciso V da Lei Complementar nº 173/2020, com 69 vagas de nível intermediário e 158 de nível superior”, disse o órgão.

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