Neste mês, a implantação da placa Mercosul completa 3 anos de existência. Com a promessa de se tornar um item mais seguro e barato, a nova placa ainda tem gerado problemas. O novo modelo entrou em vigor no dia 11 de setembro de 2018, em caráter experimental, no Rio de Janeiro.
Agora, as placas veiculares apresentam cores azul e branca e apenas a palavra Brasil, além do código alfanumérico. Dessa forma, o nome do município e a sigla do estado não integram mais a identificação do veículo.
Fraudes e preços altos
Ao contrário do que se esperava, o número de fraudes tem crescido, bem como o preço aumentou significativamente. É possível encontrar a nova placa por quase R$ 500, enquanto antes se pagava algo em torno de R$ 100.
Os casos de fraudes foram recordes nos últimos anos, tendo placas falsas sendo vendidas à luz do dia. Estelionatários anunciavam o item ainda nas ruas de grandes cidades. Existem placas falsas sendo vendidas online, em sites criminosos pela internet.
Anteriormente, os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detran) centralizavam os emplacamentos. A placa era adquirida por licitação e fornecida a um custo acessível para os motoristas. Hoje, o emplacamento pode ser feito de modo privado, o que facilitou imensamente os golpes. Além disso, o preço elevado atraiu ainda mais a atenção dos bandidos.
Para se ter uma ideia, em São Paulo, o número de estampadores de placas subiu para mais de 1 mil. Nos tempos da placa cinza, eram apenas quatro.
Mobilização
Neste ano, em Brasília (DF), os Detrans de todas as unidades federativas se reuniram para debater o tema. Uma série de propostas foi apresentada ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Um dos apontamentos, sugere que o novo emplacamento reduziu a arrecadação significativamente. Ou seja, além de mais caro e gerar mais fraudes, a placa Mercosul diminuiu o orçamento público.
Confira as sugestões dos Detran