A Assembleia Legislativa do Acre realiza nesta quinta-feira (21), uma audiência pública para debater os riscos e prejuízos da privatização do saneamento básico do Acre. A sessão foi proposta pelo deputado e vice-presidente da Casa, Jenilson Leite (PSB).
Estarão presentes representantes do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Ministério Público do Acre, Ordem do Advogados do Brasil – Seccional Acre, Câmara de Vereadores de Rio Branco, Câmara de Vereadores de Xapuri, Câmara de Vereadores de Bujari, Conselho Estadual de Saúde, União Municipal das Associações de Moradores de Rio Branco, Central Única dos Trabalhadores, Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre, Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre e UNIMETA (Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária).
A audiência inicia-se às 9 horas e terá a presença do palestrante Edson Aparecido da Silva, sociólogo com mestrado em Planejamento e Gestão do Território pela Universidade Federal do ABC; Assessor de Saneamento da Federação Nacional dos Urbanitários e Secretário Executivo do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento – ONDAS.
Propositor do debate, Jenilson deixou clara sua preocupação. Para ele, caso seja aprovada a privatização no país, as pessoas carentes serão as mais afetadas, já que não vão ter condições de pagar pela água e esgoto.
“Quando a nossa energia foi privatizada, demos pouca importância e por isso tivemos que fazer várias movimentações, como a CPI, e agora estamos com esse debate do saneamento. Imagem uma conta pesada a mais na listadas pessoas de baixa renda? estamos falando de água, imagina você que paga uma conta de energia alta, pagar também uma conta de água altíssima? Já temos a energia mais cara do país, não podemos deixar que o mesmo ocorra com a água”, disse.
“Imagine se no meio da pandemia nosso Sistema Único de Saúde não existisse ou estivesse privatizado?”, lembrou o deputado que também é médico infectologista, reafirmando a necessidade de discutir e melhorar o serviço, para que ele continue público e de qualidade, com o preço acessível a todos. “Um debate importante que tem a ver com saúde pública também porquê água e esgoto são fundamentais para o nosso Sistema Único de Saúde, uma série de doenças infectocontagiosas são transmitidas através da água não potável e é fundamental debatermos esse assunto”, finalizou.