Fusão DEM/PSL: Dirigente dá como certo Marcio Bittar presidente regional e Alan Rick vice

“Está tudo pacificado e, para concretizar a união, precisamos apenas romper a burocracia da Justiça Eleitoral, que é algo natural”, disse, ao ContilNet, em Rio Branco, o ainda presidente do diretório regional do PSL, Pedro Valério, sobre a fusão com o DEM. Os dois partidos já realizaram suas convenções acertando a fusão e a documentação de ambos já foi enviada para a Justiça Eleitoral, que deve decidir o caso até o final do ano.

“Nossos companheiros mais otimistas dizem que a fusão estará concretizada até o final do ano. Eu penso, com base na experiência de quem conhece os escaninhos da Justiça, principalmente da Justiça Eleitoral, que essa decisão será tomada só na data limite das filiações. Mas, para nós, a fusão já é fato”, acrescentou Valério.

Segundo ele, o senador Marcio Bittar, que já anunciou sua saída do MDB, aceitou convite para presidir o PSL regional. Por enquanto, Valério continuará na vice-presidência, tocando o partido em nível estadual já que o senador Bittar terá que permanecer em Brasília. “Na verdade, ele terá mais preocupações com o partido em nível nacional. Por aqui, seremos nós que tocaremos o partido sempre dentro dos princípios nos quais nos portamos. Esse negócio de dizerem que o partido mudará de comando é fake news”, afirmou o dirigente.

Sem citar nomes, a frase de Valério tem endereço certo: o vice-governador Wherles Rocha, que vem anunciando, através de setores da imprensa local, que será ele o novo presidente da sigla em nível estadual. “Que eu saiba isso nunca foi discutido. Na verdade, quando o novo Partido foi concretizado, o presidente será o senador Bittar e o vice, o deputado Alan Rick”, disse Valério. “Quando nisso concretizar, devo me afastar e ir cuidar de outras coisas, deixando a direção partidária para quem tem mandato eletivo”, acrescentou.

O DEM e o PSL oficializaram a decisão de fusão em Brasília, no último dia 6 de outubro. O Partido se chamará União Brasil. A fusão foi confirmada pelas duas legendas após convenções partidárias. O União Brasil, no entanto, só existirá oficialmente após aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Embora não haja uma posição definida, o novo partido trabalha com a possibilidade de lançar um candidato à Presidência da República em 2022. “O que vamos discutir no momento oportuno é se vamos ter uma candidatura do próprio partido ou uma candidatura de um partido que se aglutine a nós. Em breve, depois de estarmos juntos, vamos começar a discutir um nome comum”, disse o presidente do PSL, Luciano Bivar, deputado federal pelo Pernambuco.

A expectativa é que o TSE leve de dois a três meses para confirmar a fusão e o nascimento oficial do novo partido. O PSL tem, atualmente, a maior bancada da Câmara, com 54 deputados. No Senado, o partido tem dois representantes. Já o Democratas tem 28 deputados, a 11ª maior bancada. No Senado, o partido tem seis representantes, além do presidente da Casa e do Congresso, Rodrigo Pacheco, de Minas Gerais.

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