Durante a terceira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Rio Branco destinada para investigar possíveis irregularidades no transporte coletivo da Capital, o presidente da União de Moradores das Associações de Rio Branco (Umarb), Jorge Wendeson Vieira Cavalcante se disse preocupado pela situação enfrentada pelos acreanos. “A Umarb não tem que cobrar das empresas, a culpa é da gestão. Porquê nunca penalizaram as empresas de ônibus em Rio Branco?”, questionou.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos do Acre (Sindcol), Aluízio Abade, também participou da reunião da comissão e antes de Jorgem, disse que durante os sete anos de sua gestão, a Capital viveu o melhor momento do transporte público com “a renovação de 100% da frota, aumento significativo de carros nas ruas, que passou de 120 para 180.
O presidente da Umarb discordou, Segundo ele, todas as linhas na Capital apresentam algum problema, seja demora ou mesmo a retirada de ônibus em linhas como a Praia do Amapá e ramal Menino Jesus que não têm coletivo aos domingos.
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“Na gestão passada tínhamos reuniões nas regionais onde era decidido se retirava ou permanecia linhas, nesta gestão isso não acontece. A gestão do Aluísio foi uma decepção total”, desabafou.
O presidente ainda disse que não votará a favor do aumento da passagem, mas também não votará por diminuir “e lá na frente a gente pagar”.
Ao responder uma pergunta do vereador Fábio Araújo, Jorge avaliou o transporte público nos últimos dez anos: “Rio Branco sempre teve muitos problemas, mas hoje, com a gestão atual piorou muito, as comunidades estão sofrendo, duas horas, duas horas e meia nas paradas de ônibus. O trabalhador sai de casa 5 horas da manhã para chegar 8 ou 9 horas no trabalho”, desabafou.