Segundo estudos da Internacional Data Corporation (IDC), no ano de 2020 foram vendidos 801,5 milhões de aparelhos “smart home” no mundo e a expectativa é de que a cada ano esse número aumente. Produtos como: sensores de presença, controle de iluminação, áudio e vídeo, portão, câmeras e uma série de equipamentos podem ser controlados a distância através do celular ou computador.
Há diferentes modelos, com faixas variáveis de preço e que podem ser adquiridos pela internet. Sistemas de automação estão cada vez mais acessíveis se tornando aliados também para economizar na conta de luz. A tendência mundial também está sendo adotada por rondonieneses como o técnico em radiologia, Rezende Silva, que reduziu 20% do valor da conta de energia com ajuda de tecnologia. No fim do ano passado, ele investiu em produtos de automação residencial para tornar sua casa inteligente e evitar o desperdício de energia.
“O investimento valeu a pena, pois economizo energia e ainda reduzo os impactos ambientais. Através da minha assistente virtual, consigo monitorar a casa e controlar tudo através do meu smartphone. Outras mudanças que fiz na minha rotina foram a aquisição de lâmpadas de LED, evito o chuveiro elétrico, mantenho a temperatura do ar condicionado sempre em 24º e pequenas adaptações na estrutura da casa”, afirmou Silva. A estrutura e decoração dos ambientes também contribuem para sensação térmica mais agradável. Essa é uma das formas encontradas por arquitetos e engenheiros para reduzir o consumo de energia e ainda garantir o conforto dos lares. Variáveis como temperatura, umidade, ventilação e radiação solar são pontos fundamentais que podem influenciar nos ambientes.
O arquiteto Fabiano Medeiros, que atua na coordenação de facilities da Energisa em Rondônia, explica que a posição da casa no terreno e a cor do ambiente influenciam também no quanto os eletrodomésticos, como ar condicionado, serão mais utilizados ou não. “Janelas posicionadas em áreas com maior circulação de ventos deixam a casa mais arejadas e, consequentemente, o calor é menor. Assim como pintar as paredes da casa e o telhado de branco, pois as cores claras além de refletirem melhor a luz natural, reduzem o consumo de iluminação artificial”, destacou Medeiros. Estudos do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo comprovam que tintas brancas absorvem apenas 20% do calor enquanto as escuras chegam a absorver 98%, ampliando a temperatura do ambiente. “A vegetação também é uma das grandes aliadas da redução do consumo de energia. Árvores, jardim de inverno ou vertical ajudam a umidificar o ambiente, fazem sombra que refrescam o ambiente e ainda deixa a casa mais bonita,” concluiu o coordenador.