A autônoma Clicia Monteiro de Freitas visita todos os anos o túmulo da amiga Jessica Jerônimo de Souza, que morreu no ano de 2015. Nesse 2 de novembro, em que se comemora o Dia de Finados, não foi diferente. Ela foi ao Cemitério Morada da Paz nas primeiras horas da manhã.
Jessica estava em um carro com outros dois amigos quando sofreu um acidente na rodovia que liga Xapuri à Rio Branco. Apenas ela, que estava dormindo no banco de trás e sem sinto de segurança, não resistiu. Se estivesse viva, Jerônimo teria 31 anos.
Clicia conta que conhecia a jovem há pelo menos 5 anos antes da tragédia.
“Minha amiga que sempre terá um espaço no meu coração. A saudade que sinto dela não cabe aqui e me deixa sem palavras. Desde que ela morreu, não consigo lidar com sua partida, com a ausência da sua alegria, com sua falta, com o sorriso e o companheirismo dela. É muito difícil”, afirmou.
“Todos os anos estou aqui para chorar ao lado dela, lembrar dos momentos lindos, resgatar a gratidão de ter conhecido uma pessoa tão especial”, continuou.
No dia que antecedeu a morte de Jessica, as duas se encontraram, mas não conseguiram se abraçar e/ou se falar porque Monteiro estava se sentindo muito mal.
“Eu não queria transmitir pra ela a energia daquele dia, e isso me dói profundamente. Eu não sabia que era a oportunidade que eu tinha de dar o último abraço, a última risada, mas também não tinha condições de deixar o dia dela ruim com o que eu estava sentindo. Meu coração dói profundamente quando lembro disso, mas eu guardo aqui também todo o meu amor por ela”, concluiu.