‘Fomos pegos um pouco de surpresa’, diz secretário de saúde do AM sobre Manaus querer desobrigar uso de máscara

O secretário de saúde do Amazonas, Anoar Samad, disse que o estado foi pego de surpresa com a procura da Prefeitura de Manaus, que estuda desobrigar o uso de máscaras na capital. Segundo ele, é perigoso flexibilizar demais e ter que faz um retrocesso nas medidas de prevenção à doença. O seretário afirma que estado não tem previsão para flexibilizar a medida.

Ao g1, Samad disse que é necessário ficar atento à sazonalidade que o estado vive com o inverno amazônico. Ele disse que isso será fundamental para decidir sobre as possíveis flexibilizações.

“Fomos pegos um pouco de surpresa, mas ainda não temos no radar do estado nem previsão e nem reuniões para decidir isso. Não estamos pensando em discutir isso agora”. 

“As máscaras protegem da Covid? As máscaras vão proteger de outras síndromes respiratórias? O problema é a nossa sazonalidade. Não esqueçam que o restante do país está liberando isso ou aquilo, mas estão entrando no verão, onde as síndromes respiratórias são menos frequentes. Nós, pelo contrário, estamos entrando no inverno”, explicou.

Anoar também mostrou preocupação em relação ao inverno amazônico, já que as duas primeiras ondas da doença aconteceram nesse período.

“A primeira onda foi em abril, a segunda onda foi em janeiro, e estamos nos aproximando de janeiro. Já temos síndromes respiratórias nessa época por influenza e outros vírus, portanto precisamos tomar muito cuidado com essa decisão, precisamos alcançar metas de vacinação e taxas de internação, de óbitos e casos em níveis aceitáveis”, afirmou

“O grande perigo é flexibilizar demais e ter que fazer um retrocesso. Precisamos discutir bastante para ver qual é o ponto que a gente pode chegar”.

Questionado sobre o número ideal de pessoas vacinadas para que o estado comece a pensar em flexibilizações no uso de máscaras, o secretário também disse que é preciso que o Amazonas seja mais rígido em relação ao restante do país.

“Abaixo de 80% eu não vejo nenhum sentido. A gente não sabe muita coisa da doença, mas aqui no estado temos que tomar mais cuidado por conta da sazonalidade. Então, se num lugar é 80%, aqui tem quer ser 85%, um exemplo, não é isso, mas é um exemplo. A gente precisa ser mais rígido em qualquer medida de flexibilização, principalmente na questão de máscara. Não conhecemos essa doença, não sabemos o que vai acontecer”, concluiu.

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