A Justiça condenou os quatro homens contratados para matar o dono de um mercado no Bairro Socialista, zona Leste de Porto Velho, em maio de 2019. O filho do comerciante, na época com 16 anos, foi o mandante do crime. Os condenados receberam penas que variam entre 16 a 5 anos.
Segundo as investigações, o adolescente contratou os homens em troca de R$ 20 mil. Eles forjaram um assalto, em que Adelson Góes dos Santos foi o atirador que matou o comerciante com um tiro na cabeça e Antônio Edson de Oliveira foi o outro assaltante e piloto da moto.
Entre os quatro condenados, Adelson recebeu a maior pena, sendo 16 anos de reclusão a ser cumprido em regime inicial fechado em função de dissimulação e Antônio Edson de Oliveira recebeu 13 anos em regime inicialmente fechado.
Segundo o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho, os outros dois réus, por terem menor participação no crime, tiveram penas menores. Chewdon Jeovane, condenado por intermediar o assassinato e contratar os atiradores, recebeu a pena de 5 anos, e por já ter cumprido mais de 2 anos de prisão, teve regime inicial aberto.
Já Ualisson Nascimento da Silva, o motorista do carro que levou o atirador até as proximidades do mercado da vítima, teve a condenação de 5 anos e 10 meses e iniciará no regime semiaberto.
Relembre o crime
No dia 10 de maio de 2019, um empresário, identificado como Jucelino Fontenele Magalhães, foi assassinado com um tiro na cabeça durante um suposto assalto dentro do mercado em que era dono. Segundo a Polícia Militar (PM), dois assaltantes armados chegaram no estabelecimento em uma moto e anunciaram um roubo.
Durante a abordagem, um dos assaltantes atirou contra Jucelino, de 47 anos. O disparo atingiu a cabeça do empresário, que morreu na hora. Logo depois os criminosos fugiram levando cerca de R$ 2 mil em dinheiro e um celular.
Durante as investigações, a Polícia Civil viu as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento, que mostravam o filho da vítima, na época, com 16 anos, fazendo um sinal aos assaltantes avisando o momento certo para executarem o crime.
No dia 29 de maio, a polícia apreendeu o menor, que riu ao confessar ser o mandante do homicídio do pai e “pareceu não demonstrar arrependimento”. De acordo com a delegada Leisaloma Carvalho, as suspeitas sobre o adolescente começaram quando ele demonstrou frieza no velório do pai e também no primeiro depoimento que prestou na polícia.