Longe das novelas desde 2016 — no cinema, ela pôde ser vista em 2020 no filme “Boca de Ouro”, baseado na obra de Nelson Rodrigues —, Malu Mader raramente dá entrevistas. Avessa também às redes sociais (“Acho muito contraditório para mim”, diz ela), a atriz conversou com o publicitário (e amigo) Washington Olivetto em seu podcast W/ Cast. A estrela da TV lembrou o início do relacionamento com Tony Bellotto, e, claro, se derreteu pelo marido roqueiro. Mais ainda: Malu revelou que começou a fazer análise há pouco tempo e citou as mudanças que vieram com a maturidade e outras, das quais ela só se deu conta mais recentemente, consequências da cirurgia que precisou fazer em 2005, após ser diagnosticada com um cisto no lado esquerdo da cabeça.
Crise
“Fiz vestibular para Letras e Sociologia. Cursei a primeira um pouquinho, mas foi exatamente na época em que comecei a fazer muita televisão. Mas em algum momento você vai atrás de suas vocações. Tive uma certa crise vocacional, mas não em relação a dúvidas se eu gostava ou não de ser atriz. Mas talvez por ter feito tanta novela ou uma coisa normal da idade também.
Além disso, eu tinha tido aquele problema na cabeça que mexeu um pouco comigo. Nesse momento, aos 39 anos, fui dirigir um documentário (‘Contratempo’, de 2008) e agora penso numa continuação dele”.
Análise
“Eu nunca tinha feito análise e comecei a fazer há pouco tempo. Todo mundo que me conhece falava que eu ia adorar, mas nunca acontecia. Só agora comecei e me apaixonei. Não só de fazer, mas de estudar também”.
‘Não deixaria de ser atriz’
“Tenho tido essa curiosidade, estou igual a Lídia Brondi (atriz que abandonou a carreira e virou psicóloga). Me deu um interesse repentino por essa área de psicanálise, psiquiatria, neurociência. Tudo ligado ao cérebro. Não sei se é porque operei a cabeça um tempo atrás. Depois disso, claro, você fica mais atenta a isso. Não deixaria de ser atriz, mas gostaria de fazer algo ligado a essa área”.
‘Não virei outra pessoa’
“Eu vendo uma entrevista do Paulo Niemeyer (neurocirurgião), que foi quem me operou, ele falou que, quem operava o lobo frontal esquerdo, o risco maior não era propriamente a perda de memória, mas uma mudança comportamental. De fato eu percebi isso, algumas mudanças de comportamento.