Indígena e única brasileira a discursar na abertura oficial da Conferência da Cúpula do Clima (COP26), Txai Suruí passou a ser um nome internacional desde a segunda-feira (1°). Isso porque, diante de todo o mundo, a jovem expôs o avanço da mudança climática na Amazônia.
Nascida dos Povos Suruí em Rondônia, Walelasoetxeige Suruí (ou Txai Suruí) tem 24 anos e é filha de Almir Suruí, 47, uma das lideranças indígenas mais conhecidas por lutar contra o desmatamento na Amazônia.
Atualmente a jovem está no último semestre do curso de direito –antes mesmo da formação, Txai já trabalha na parte jurídica da Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), entidade que defende a causa indígena em Rondônia.
Txai foi a primeira do povo Suruí a cursar direito na Universidade Federal de Rondônia (Unir).
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Txai também é fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia.
À frente do grupo indigenista, Txai já liderou atos pedindo a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também denunciou o avanço da agropecuária sobre a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia.
Lembram quando falei que agro é morte e sobre as pressões que a TI Uru Eu Wau Wau tá passando? Pois é. Viemos averiguar algumas invasões aqui dentro do território e é isso aqui que encontramos: pic.twitter.com/S9LN3cpB8v
— txai suruí #MarcoTemporalNão (@walela15) September 16, 2021
Nos últimos anos, Txai participou de vários manifestos em defesa dos povos.
Um dos últimos protestos foi em agosto, quando indígenas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra medidas que dificultam a demarcação de terras e incentivam atividades de garimpo.
Nas redes sociais, a jovem indígena costuma expor as várias ameaças que os Povos Suruís sofrem em Rondônia.