O governador Ibaneis Rocha (MDB) confirmou, nesta quinta-feira (2/12), dois casos da nova variante da Covid-19, a Ômicron, no Distrito Federal. A informação foi adiantada à coluna Grande Angular.
A coluna apurou que uma das pessoas infectadas com a Ômicron está com sintomas leves e a outra está assintomática. A Secretaria de Saúde acompanha ambos os pacientes, que estão isolados em casa.
Veja o que se sabe até o momento sobre a Ômicron:
Os dois homens do Distrito Federal infectados com a Ômicron tomaram três doses de vacina contra o coronavírus, segundo divulgou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do DF (Cievs-DF).
Ambos estiveram na África do Sul e chegaram ao Brasil em um voo que desembarcou em Guarulhos, São Paulo, no dia 27 de novembro. Posteriormente, eles vieram para Brasília. Os dois homens têm entre 40 e 49 anos.
Um dos passageiros realizou teste para Covid-19 no dia 29 de novembro, no Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF), e confirmou o diagnóstico. O outro fez o exame na quarta-feira (1º/12), também com resultado positivo.
O Cievs-DF disse que obteve, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do CIEVS Nacional, a relação de tripulantes do voo internacional. Somente esses dois passageiros desembarcaram em Brasília. “Contactantes próximos dos pacientes que estavam no voo de Guarulhos para Brasília também estão sendo monitorados”, afirmou.
Além das duas ocorrências da Ômicron no DF, há mais três em São Paulo. O terceiro caso, confirmado na quarta-feira (1º/12), é de um homem de 29 anos que veio da Etiópia, na África, e desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no dia 27 de novembro.
Ômicron no mundo
A nova variante do coronavírus preocupa o mundo. Casos da cepa registrada pela primeira vez em Botsuana, na África, já foram confirmados na África do Sul, Bélgica, Israel e Hong Kong.
Autoridades internacionais estão aumentando as medidas de restrição para evitar a entrada da variante em seus territórios, pois os cientistas têm alertado que a quantidade de mutações faz desta versão do vírus a “mais significativa” até aqui.
A cepa tem mais de 50 mutações, 32 delas localizadas na proteína spike, parte que o coronavírus usa para entrar nas células humanas e se reproduzir no corpo. O número de mutações é quase o dobro das identificadas na variante Delta.
De acordo com o professor de microbiologia da Universidade de Cambridge, Ravi Gupta, algumas das mutações da nova variante estão associadas à resistência a anticorpos neutralizantes, o que poderia indicar a possibilidade do vírus de escapar da ação das vacinas. “Parece certamente uma preocupação significativa”, afirmou Gupta ao jornal The Guardian.