Gil do Vigor diz como criou grande confusão nos EUA: ‘Machos tiveram medo’

Vai ter “tchaki, tchaki” na Califórnia. Gil do Vigor ganhou um documentário do Globoplay, que será lançado amanhã, da aventura que passou nos últimos meses nos Estados Unidos para estudar o seu PhD. Em cinco episódios, “Gil na Califórnia” retrata a chegada do ex-BBB no país e como foi a adaptação a uma nova cultura.

Uma das dificuldades do economista foi com a comunicação. Ele conta que causou uma confusão ao ser mal interpretado, simplesmente por querer socializar com os americanos: “Em inglês, I like you [eu gosto de você] tem muito peso. Abri o meu coração e falava para todos os machos: ‘I like you so much [gosto muito de você]’. Os machos ficaram com medo. Vieram me falar, ‘você está apaixonado por todos os meninos?'”.

“Tive que ir de pessoa por pessoa explicar que era gostar como amigo, que não estava flertando. Queria deixar claro que em nenhum momento eu tive a intenção de flertar. Comecei a ter receio de falar, não pelo inglês, mas ficava preocupado em ofender, em gerar desconforto por algum motivo que não era proposital. De passar uma mensagem distorcida”, explica.

Uma outra barreira que o ex-BBB teve de lidar foi por ser famoso e estar uma equipe de filmagens. Gil dividiu a casa onde morava com pessoas que não conhecia e, segundo o pernambucano, nem todos entendiam por que ele era famoso.

Teve um choque, mas fui muito acolhido por meus roomates [os colegas de quarto]. Alguns me receberam, ‘você é famoso?’. Criou-se uma repulsa, mas a gente vai para cima, agarra, morde e sai no regozijo. Teve uma resistência de quebrar essa barreira. A gente caga e peida igual a todo mundo. Não tem diferença. Sou igual a todo mundo. Se eu cair no chão, vai sangrar. E o sangue será vermelho, não azul.

Da “cachorrada” do Brasil para os EUA

Gil diz que sempre pensava no Recife, onde nasceu, a cada novidade que encontrava nos Estados Unidos e contou do que sentia saudade.

“Uma das coisas que mais sentia falta era de andar na rua e ter um povo fofocando, de falar com todo mundo? é aquela cachorrada. Senti falta daquela relação de vizinho, do acolhimento. Eu saía de casa [nos Estados Unidos] e não via ninguém na rua, nas portas, nas varandas? Sentia falta do calor, das pessoas próximas. As pessoas em Recife querem compartilhar e lá é cada um na sua casa”, compara.

“Gil na Califórnia” é dirigido por Patrícia Carvalho e Patricia Cupello. Segundo elas, a proposta do documentário é mostrar Gil do Vigor em sua essência.

O principal mérito desse documentário não é porque o Gil é um ex-BBB. Não fizemos esse documentário por isso, mas porque é uma história de vida que pela educação foi transformada. O Gil chegar ao PhD na Califórnia não é um feito qualquer. Isso tinha um enorme valor e achamos que o Brasil merecia escutar essa história, se inspirar nela. Que as pessoas sonhem como Gil sonhou- Patrícia Carvalho.

 

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