O polêmico caso da indecisão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), a respeito da cor da casinha do Papai Noel, no Centro da capital, repercutiu no site britânico de notícias “The Guardian” nesta terça-feira (14).
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Na matéria, o correspondente da América Latina, Tom Phillips, comentou que o Acre não costuma ter a tonalidade branca, referente à neve que costuma atingir a América do Norte, e que em 2021, não terá nem a tradicional cor vermelha por conta de associações políticas entre a tonalidade e a gestões petistas. “Um ding-dong politicamente carregado sobre a cor de uma gruta do Papai Noel que foi erguida pelo governo de apoio Jair Bolsonaro da cidade”.
“Alguns suspeitaram que o esquema de cores não ortodoxo refletia a crença entre os apoiadores do movimento de extrema direita de Bolsonaro de que vermelho é a cor dos degenerados comunistas que eles afirmam estarem tramando para transformar o país em uma ditadura ao estilo cubano”, diz a matéria, em tom jocoso.
Além disto, foi comentado também sobre a lona preta, colocada em cima da casinha, que faz um suspense sobre qual cor foi pintada após a sucessão de mudanças em torno do azul, vermelho e azul novamente. O colunista da Veja Thomas Traumann falou que “nem o Papai Noel escapa”, e a matéria continua dando enfoque à fala de Bocalom na coletiva da última segunda (13), quando falou que “o Natal é azul, vermelho e amarelo”.
“Os analistas viram o furor da gruta amazônica como mais uma prova do cisma político, muitas vezes ridículo que se abriu desde que Bolsonaro ganhou o poder em 2018 enquanto prometia banir os “bandidos vermelhos” de sua terra natal”, pontuou.