José Aldo relata motivação ao estilo Karate Kid com treinos na Marinha

Número 5 no ranking peso-galo (até 61kg) do UFC, José Aldo fará no próximo sábado sua quinta apresentação na categoria. Diante de Rob Font, na luta principal em Las Vegas, o “Campeão do Povo” pode se colocar muito perto de disputar novamente o cinturão da categoria. Ele já teve essa experiência em julho de 2020, quando foi nocauteado por Petr Yan. Com vitórias contra Marlon Vera e Pedro Munhoz depois disso, Aldo garante que hoje está mais confortável na categoria após descer dos penas (até 66kg).

– Acho que hoje me sinto bem mais acostumado nessa categoria. O meu peso também deu uma estabilizada, meu corpo também, então sempre responde da melhor maneira, do jeito que a gente se programou. Hoje me sinto adaptado, então chego aqui nesta última semana, que para nós lutadores é bem difícil, e fico bem tranquilo. Sexta vou estar bem hidratado de novo, bem alimentado, e a gente pode chegar na luta. Hoje em dia me sinto muito bem nessa categoria – disse o lutador ao Combate.

José Aldo, quinto do ranking peso-galo, enfrenta Rob Font, o número 4 — Foto: Reprodução / TV Globo

José Aldo, quinto do ranking peso-galo, enfrenta Rob Font, o número 4 — Foto: Reprodução / TV Globo

Ao explicar a experiência que tem tido na equipe de boxe da Marinha, no Rio de Janeiro, Aldo relembrou um pouco do contexto em que enfrentou o russo e então campeão peso-galo Petr Yan. Hoje, ele acredita que tenha ido com muita sede ao pote para se tornar campeão rapidamente na divisão até 61kg.

– Não é questão de dar um passo maior que a perna, mas posso ter ido com muita sede ao pote, podemos falar assim. Estava fazendo a segunda luta no peso-galo, não tinha fisicamente o mesmo trabalho que hoje tenho. Hoje em dia, quem me viu na primeira luta e vê hoje, passo muito mais uma estrutura muscular diferente daquela que comecei.

E por falar no treino com os atletas da Marinha no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, José Aldo não escondeu o quanto foi motivador treinar ao lado de novos atletas. O aprendizado, segundo ele, foi muito grande nesse período desde a derrota para Petr Yan, quando começou as atividades por lá.

– No primeiro dia que cheguei para treinar já era na pandemia com tudo fechado, e o professor Nemo (Judice) trouxe um atleta para servir de sparring. E esse atleta, um moleque novo, quando eu disse “quero voltar, quero treinar”, ele disse: “o que depender da gente, a gente quer ver você campeão, a gente quer ver você lutar como sempre lutou”. Cara, aquilo me deu uma motivação tão grande! Falo isso para todo mundo, que a Marinha me deu uma vida nova, me deu ânimo de novo de ir treinar, de querer ser campeão de novo, de estar com vigor físico de campeão. Desde que cheguei lá, todos os atletas deram o melhor, os caras me abraçaram, me ajudaram do começo ao fim (…). Fico bem feliz por tudo aquilo que eles me proporcionaram, tudo aquilo que eles estão fazendo, por chegar no cage de novo e querer fazer ainda mais.

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