O secretário adjunto de Educação, e líder do Solidariedade no Acre, Moisés Diniz, continua tecendo sua opinião à respeito de Gladson Cameli e os últimos acontecimentos envolvendo o Palácio Rio Branco.
Moisés, que viveu a Operação G7 enquanto governista, lembra que a deflagrada para investigar indícios de corrupção na gestão de Tião Viana (PT-AC) inocentou os acusados – e lembra da postura daqueles que se diziam governistas.
“Políticos com mandatos (detentores de cargos no governo), ficaram quase todos calados, achando que Tião Viana estava defendendo o indefensável”, diz em um artigo publicado na manhã desta quinta-feira (30).
No artigo, ele traça paralelo com a Operação Ptolomeu – esta, deflagrada recentemente – e não deixa de celebrar Tião Viana, com quem afirma manter relação cordial.
Confira, na íntegra, o texto de Diniz:
UMA VOZ CORAJOSA
Lembro como se fosse hoje: Tião Viana (PT) ficou praticamente sozinho, defendendo a inocência dos envolvidos na Operação G7.
Políticos com mandatos (detentores de cargos no governo), ficaram quase todos calados, achando que Tião Viana estava defendendo o indefensável.
Deputados federais, estaduais e senadores, prefeitos e vereadores aliados, parecia que tinham todos tirado férias ou estavam pescando em igarapés aonde não pegava celular.
Depois de muita pressão, alguns se posicionaram. Até “amigos de umbigo” fizeram cara de paisagem. Acredito que foi um silêncio angustiante para o governante.
O mais trágico é que, depois que a Justiça inocentou os acusados, os mesmos políticos que ficaram calados, escondidos, correram todos aos pés de Tião Viana, para suplicar seu apoio pra serem senadores, deputados federais e estaduais.
Houve partidos que chegaram a se reunir pra discutir rompimento com o Palácio Rio Branco e, um ano depois, estavam todos juntos, e Tião Viana se reelegia governador.
Tem horas que a gente olha o presente e parece estar vendo o passado com outras lentes: cada um enxerga como quer. Mas, o povo vai olhando, ouvindo e percebendo quem é oportunista, quem é leal e quem é o que não dá pra publicar.
Esse é um texto sincero (sem julgamento do mérito) de reconhecimento à determinação de um ex-governador que (mesmo tendo divergências entre nós) não posso deixar de registrar o meu respeito a quem teve coragem, pra enfrentar e conduzir uma grande crise: Tião Viana.
Hoje, somos adversários políticos, mas, nunca vai faltar o respeito e a cordialidade entre nós.
Por isso, mantenho minha posição de solidariedade a Gladson Cameli, que lhe seja garantido o direito à presunção de inocência e à ampla defesa e respeitemos o andamento dos trâmites judiciais.
Foi assim que me comportei, como deputado, em relação à Operação G7.