Os servidores da Saúde não descartam uma greve em um dos setores mais importantes do Estado, caso os deputados não aprovem as emendas ao Orçamento do Estado para 2021 que favorecem a classe. A votação do Orçamento acontece nesta quinta-feira (16) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Sentindo-se traída, a categoria protesta em frente a Aleac contra os deputados Roberto Duarte (MDB), Gehlen Diniz (Progressistas) e Cadmiel Bomfim (PSDB), que votaram contra as três emendas do deputado Jenilson Leite (PSB) em favor da categoria, na Comissão de Orçamento e Finanças na quarta-feira (15).
Mesmo com a rejeição, as emendas seguem para votação no plenário, junto com o Orçamento, nesta quinta e o movimento tenta a sensibilização dos demais parlamentares, caso sejam reprovadas, a greve será deflagrada em janeiro, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), Adailton Cruz.
“Não vai ter greve esse ano, mas a partir de janeiro, se não passar, nós vamos parar esse estado. Os servidores em saúde, além de estarem se sentindo desmerecidos, discriminados e esquecidos, no momento em que havia alguma possibilidade de reconhecimento, alguns deputados nos decepcionam então o nosso sentimento é de traição”, desabafou Cruz.
Ele disse ainda que os servidores vão acompanhar a votação e “a sociedade e todos os servidores da Saúde vão saber e se não passar, em janeiro nós vamos parar esse estado”, alertou.
Sobre as emendas
As emendas visavam o pagamento de um Abono Complementar de Renda aos seis mil Servidores da Saúde, efetivos e temporários, no valor de R$ 1.500,00, e o pagamento da etapa alimentação de R$ 700, verba permanente e de caráter indenizatório a todos os servidores ativos da Saúde e e a criação do Abono Complementar de Renda, concedido, uma única vez, no valor de R$ 1.500,00 aos 985 servidores do IGESAC – Instituto de Gestão de Saúde do Acre, lotados na Secretaria de Estado de Saúde do Acre. A fonte pagadora seria os 12% destinados à Saúde dentro do Orçamento.
As emendas modificativas foram rejeitados na comissão de Orçamento e Finanças na quarta-feira (15), mas vai para votação no plenário nesta quinta