Servidores municipais da área de educação e que não estão em sala de aula, além dos que atuam na área de apoio, não querem ficar fora do pagamento de abono salarial prometido pelo prefeito de Rio Branco, Tião Boclaom, neste final e ano, com recursos que sobraram do Fundeb (Fundo de Apoio à Educação Básica). Foi isso o que disse, na manhã desta quinta-feira (9), aos vereadores da Capital, durante sessão da Câmara Municipal, uma comissão representante dos servidores que estariam de fora dos pagamentos.
“Esses recursos têm que alcançar a todos os servidores”, disse Alcilene Gurgel, presidente do Sindicato dos Professores do Acre (Sinproacre), que apoia o movimento dos demais servidores. De acordo com a entidade, a promessa do prefeito Tião Bocalom é o pagamento de R$ 9 mil para professores que estão em sala de aula e R$ 7 mil para os que atuam na área de apoio.
No entanto, de acordo com a proposta, servidores das equipes técnicas que atuam nas áreas administrativa e burocrática da Secretaria Municipal de Educação (Seme) ficariam de fora dos pagamentos, segundo a proposta enviada por Tião Bocalom para análise dos vereadores. “O que nós queremos é que os vereadores aprovem a proposta com uma emenda que permita o pagamento para nós, que, mesmo não estando em sala de aula, continuamos no exercício do magistério, fazendo a formação continuada de professores e que estamos no exercíciod das atividades da educação”, disse a professora Suely França, uma das técnicas que ficaria de fora do pagamento segundo os critérios da Prefeitura. “O que chama a atenção é que não há parecer da assessoria jurídica da Prefeitura dizendo que a extensão desses pagamentos para nós seria ilegal”, acrescentou.
De acordo com os organizadores do movimento que foi à Câmara reivindicar atuação dos vereadores a favor da categoria, os que ficariam de fora seriam algo em torno de 120 pessoas. “Não é pouco nem fácil o nosso trabalho. Quando não estamos em sala de aula, estamos planejando as ações que vão subsidiar o trabalho nas escolas. Por isso, reivindicamos este pagamento, por uma questão e Justiça”, disse outra técnica da área, Ray Gama.
A vereadora Michele Melo (PDT) saiu em socorro aos técnicos e disse que o pagamento a eles seria uma questão de Justiça. “Em relação ao Estado, o Tribunal de Comntasjá deu parecer favorável, dizendo que todos, mesmo os que não estão em sala de aula, poderiam recebr o benefício. Entendemos que o mesmo princípio poderia ser aplicado ao município”, disse a vereadora. “O problema é que o prefeito nem aceita discutir a questão nem explica o motivo desta discriminação. Não vemos razão para isso e acreditamos que isso ocorre porque o prefeito é um sujeito turrão”, acrescentou Michele Melo.