Decisão sobre candidatura de Jorge Viana só deve acontecer em abril deste ano

No limite

Ficou para o fim de março ou início de abril a decisão de Jorge Viana (PT) sobre o cargo que vai disputar nas eleições deste ano: Senado ou Governo. A opção de JV de levar essa decisão para os ’45 do segundo tempo’ é que quanto mais ele arrastar a escolha, maior a chance de fazer uma leitura correta da conjuntura e do cenário político local, tendo assim mais chance de sair vitorioso do pleito.

São Paulo

O ex-senador inclusive está cumprindo agenda política no estado de São Paulo. Por lá o petista se reuniu com o ex-presidente Lula (PT) mais de uma vez. As outras agendas não foram divulgadas. “Nessa reunião com Lula eu pude sentir a esperança e a confiança dele de socorrer as pessoas e ajudar o Brasil. Então pra mim, é um privilégio ter amizade com ele de décadas e também estar sendo lembrado para ajudar o Acre a vencer esses tempos difíceis”, contou à coluna.

Crise política

Para o político, o governo Bolsonaro vem causando uma grave crise política ao país, que foi agravada pela pandemia do Covid-19. “Lamentavelmente o povo brasileiro, e isso se reflete no dia a dia do povo acreano, nunca passou tanta dificuldade como agora. Os problemas sociais são gravíssimos, foram agravados com a pandemia de Covid-19, mas no meu ponto de vista tudo decorre de uma crise política iniciada há cinco anos, que piorou a situação” disse.

Da água pro vinho

Confiante após sair da conversa com Lula, JV acredita que só o ex-presidente será capaz de pacificar o país. “Nesse quadro de intolerância, de ódio, está precisando de alguém que pacifique o país, que traga a experiência de gestão pública, que priorize as pessoas, as famílias, e essa pessoa é o presidente Lula, por isso que toda pesquisa que se faz ele está em primeiro lugar. Se Deus quiser, nós vamos sair do pior presidente para o melhor presidente da história do Brasil”.

Virada de mesa

“Tá cedo ainda, mas eu tenho muita esperança de que essa página de sofrimento e tristeza vai ficar para trás. A partir dessa eleição, pessoas experientes, sérias, que estejam focadas no trabalho, vão ser fundamentais para superar esses tempos”, concluiu o ex-senador.

Probabilidades

Há uma série de fatores que vão interferir na decisão de Jorge Viana e do PT para bater o martelo sobre o cargo que o ex-senador disputará. As pesquisas eleitorais, a federação partidária que vem sendo construída, as alianças e a vontade do próprio Jorge, que aparentemente sempre foi à disputa pelo Senado. O que um não quer, dois não fazem.

Governo

A vereadora de Rio Branco, Michelle Melo (PDT), a mais votada nas eleições municipais do ano passado, colocou seu nome à disposição do seu partido para concorrer ao Governo do Estado neste ano. Caso o partido compre a ideia, Melo será a segunda mulher na disputa pela cadeira do Palácio Rio Branco. Além dela, a deputada federal Mara Rocha, ainda filiada ao PSDB mas apalavrada com o PL, também está no páreo.

Pepino

Aliado de primeira hora do governador Gladson Cameli (PP), o presidente do PDT no Acre, o deputado estadual Luiz Tchê, que inclusive já foi líder do Governo na Aleac, precisará descascar esse pepino. Vai ter que colocar na balança se o melhor é continuar ao lado de Cameli ou colocar o partido em voo solo.

Palanque presidencial

Um ponto a se destacar nessa possível candidatura de Michelle é a questão do palanque presidencial. O presidenciável do partido dela, Ciro Gomes, ainda não tem palanque no Acre e essa pode ser a única solução para fortalecer o nome do Ferreira Gomes pro lado de cá.

Ótimo nome

Sem levar em consideração as negociatas políticas que fizeram a candidatura de Michelle eclodir, o certo é que a pedetista é um nome em ascensão e de muita qualidade. Vai melhorar e muito e debate se de fato essa candidatura se concretizar.

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