Deputado Jenilson Leite pode dar vaga de vice para vereadora da Capital

Vice

A vereadora de Rio Branco, Michelle Melo (PDT), pode ser o nome escolhido pelo deputado estadual Jenilson Leite (PSB) para compor a chapa do socialista na disputa pelo Governo do Acre. Os parlamentares já se encontraram algumas vezes, mas não abrem o jogo sobre o que tanto conversam.

Deixou escapar

O sinal mais claro que essa aliança pode acontecer foi uma postagem do deputado nas redes sociais feita ontem. No texto, o socialista rasga elogios à pedetista e completa: “Falamos sobre nossos sonhos de ajudar a população acreana a ter uma vida melhor e mais feliz. Não podemos nos conformar em ver tantas famílias em nosso Acre desamparadas socialmente. Cada governo tem sua chance de fazer a diferença na vida de nossa gente, se tivermos a oportunidade de Governar o Acre, iremos honrar com muito trabalho”. Esse plural que escapou já no final da frase indica que a chapa entre os dois é mais do que possível.

Chapa da saúde

O curioso nessa aliança  é que os dois são médicos e sempre estiveram na linha de frente no combate ao coronavírus desde o início da pandemia. Não é de se estranhar se o mote principal da dupla seja a melhoria da saúde no Acre.

Aliança histórica

Outro fator que pode ajudar a unir os médicos em uma única chapa é que o PDT e o PSB são aliados históricos. Brizola e Arraes começaram essa parceria lá atrás, mas que até hoje rende frutos. Exemplo dessa aliança, é que na última eleição para prefeito da Capital, a chapa derrotada no 2° turno para o atual prefeito Tião Bocalom (PP) foi composta por Socorro Neri (então no PSB) e Eduardo Ribeiro (então no PDT). A aliança entre PDT e PSD se repetiu em várias outras cidades Brasil afora na última eleição a partir de uma orientação nacional da cúpula dos dois partidos.

Empecilhos

O que pode atrapalhar essa aliança é a federação que o PSB vem construindo junto ao PT. Mas mesmo que a federação avance, não há impedimento para que a “nova” agremiação se alie a outros partidos na disputa das eleições majoritárias. Outro fator que pode atrapalhar, é que o PDT é da base de Gladson Cameli (Progressistas). Terá que romper se quiser se aliar ao socialista.

Esquiva

Questionada se as conversas entre a dupla tinham esse tema, a vereadora respondeu através de sua assessoria, que se esquivou. Nem disse que não, nem que sim. “Dr. Jenilson e Dra. Michelle são médicos, trabalham no SUS, combatem a pandemia na linha de frente, parlamentares progressistas e que discutem assuntos de interesse do povo: emprego, renda, comida no prato, saúde pública, educação e principalmente falam em como melhorar o Acre para todos, desde aquele acreano do pé rachado que tá lá no Envira e para  que quer ver a economia melhorar. Dra. Michelle é uma mulher guerreira, sonhadora e que entrou na política para fazer a diferença! Está à disposição de construir um projeto e alianças que garantam uma política pro povo acreano e esperança de dias melhores”, informou. O deputado Jenilson também se esquivou da pergunta e não quis responder.

Senado?

A chance da aliança entre os dois terminar em uma dobradinha para Governo e Senado também é possível, porém, muito mais difícil de se concretizar. Isso porque caso a federação avance, a vaga na disputa pelo Senado deve ficar com Jorge Viana (PT), e mesmo que a federação não avance, PSB e PT devem se aliar nacionalmente e regionalmente em disputas majoritárias, o que tende a ocorrer também no Acre.

PL

O partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, vem trabalhando forte para encorpar a sigla aqui no estado e também na montagem das chapas para deputado federal e estadual. Quem garante é o presidente regional do Partido Liberal, Sérgio Bayun. “Ainda estamos montando as chapas proporcionais! Contudo, as expectativas são as melhores. Em breve o PL assumirá o protagonismo da política local. Está tudo caminhando dentro da normalidade, com ótimas perspectivas de fortalecimento do Partido em todo o Estado”, disse à coluna.

Indefinido

O que continua indefinido dentro do PL é se a deputada federal Mara Rocha (PSDB), que já está apalavrada com o partido e vai mudar de legenda assim que a legislação eleitoral permitir, através da janela partidária, virá para a disputa deste brigando pelo Governo ou pelo Senado. O certo mesmo é só que ela disputará um cargo majoritário. “Ainda continua indefinido! Enquanto isso também estamos ouvindo a voz das ruas. O que tem nos animado sobremaneira”, afirmou.

Horário do Acre

Vai ficar para fevereiro a decisão do Supremo sobre a ação direta de inconstitucionalidade (ADI), apresentada pelo deputado federal Flaviano Melo (MDB) para impedir mudanças no horário de votação no Acre. A ministra do STF, Rosa Weber, que despacha durante o recesso do judiciário não viu urgência no pedido do deputado acreano, já que as eleições só ocorrem em outubro. A ADI será analisada pelo ministro André Mendonça.

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