Falso médico é preso em flagrante no momento que atendia paciente em clínica de Rio Branco

M. R. S., 33 anos, foi preso acusado de exercício ilegal da profissão no momento em que atendia e realizava um procedimento cirúrgico em uma mulher em uma clínica, na noite desta quinta-feira (13), localizada na Travessa Guaporé, no bairro Cerâmica, em Rio Branco.

Segundo informação da presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), Leuda Dàvalos, M. vem atuando de forma ilegal na medicina desde de 2016 e teve várias reclamações de procedimentos cirúrgicos que não foram bem sucedidos, e pacientes que sofreram várias lesões graves em procedimento, mas segundo a presidente, o conselho não pode punir M., pois ele não é médico e não possuí CRM.

Leuda lembra que em outros momentos o falso médico já havia sido preso em flagrante, mas “como a lei é branda para esse tipo de crime”, o homem sempre volta a exercer de forma ilegal a medicina.

Na noite desta quinta-feira, a presidente disse que teve mais uma denúncia que o homem estaria atendendo na clínica depois das 21h. A médica disse que, para M. atuar ilegamente, durante a noite a clínica desligava as luzes da frente e o médico entrava por um estacionamento lateral da galeria, por onde fugiu em outras vezes para não ser visto pela polícia.

Uma paciente estava sendo atendida pelo falso médico no momento que a presidente do CRM chegou com a Polícia Civil. M. estava realizando uma cirurgia plástica nos seios da mulher. Segundo a presidente, o procedimento foi pago por R$ 8 mil, sendo que o valor correto seria R$ 20 mil. “Um barato que saí caro muitas vezes”, afirmou a presidente.

A polícia aguardou a mulher terminar o procedimento cirúrgico com o falso médico para em seguida dar voz de prisão a M., que foi encaminhado para a Delegacia de Flagrantes (Defla) na Cidade do Povo.

O delegado José Adonias, coordenador adjunto da 1° Regional de Polícia Civil localizado na região da Baixada da Sobral, disse que já estavam sendo feitas investigações para prender M. pelo exercício ilegal da profissão. O médico pediu apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que esteve no local e prestou o atendimento necessário para conduzir a paciente cirurgiada, que não teve o nome divulgado, para ser ouvida na Delegacia de Flagrante (Defla). Como a mulher havia acabado de terminar os procedimentos cirúrgico, os médicos da ambulância de suporte avançado deram apoio para garantir que a vítima podesse depor na delegacia.

Ainda segundo a presidente do CRM, o Centro Cirúrgico não estava sendo dentro das normas exigidas e que os descartes dos lixos estão acontecendo de forma errada, e que a Vigilância Sanitária pode fechar a clínica ainda essa semana.

M., após os procedimentos de interrogatório, vai assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e ser liberado.

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