Mais uma
Depois da tão comentada federação partidária envolvendo o PT, PSB, PCdoB e outros partidos de esquerda e de centro, uma outra federação pode estar surgindo, só que essa mais situada à direita no espectro ideológico. Os partidos interessados nessa união são o PSDB e o Cidadania.
Avançando
As negociações entre os partidos estão avançando. Segundo matéria do Valor Econômico, as siglas devem anunciar até meados de fevereiro a formação da federação. Os presidentes nacionais das duas legendas, os pernambucanos Roberto Freire (Cidadania) e Bruno Araújo (PSDB), reuniram-se na noite da última terça-feira (11) em Brasília para tratar do assunto.
Quase certo
Freire dá praticamente como certa a união. “Pelo andar da carruagem, parece que não vai ter nenhuma outra alternativa. O movimento para a federação andou mais”, disse em entrevista ao Valor Econômico.
Corrida presidencial
Um problema que as siglas terão que resolver caso a federação se concretize é quem será o candidato a presidente da agremiação, já que tanto o PSDB quando o Cidadania tem seus pré-candidatos ao Planalto: o governador de São Paulo João Doria e o senador por Sergipe Alessando Vieira, respectivamente. Com mais capilaridade eleitoral, a candidatura de Doria tende a ser a escolhida.
Acre
Aqui no estado, essa união pode derrubar a pré-candidatura ao Governo do Estado do professor David Hall pelo Cidadania. Isso porque o PSDB é um dos partidos mais fiéis na base do governador Gladson Cameli (Progressistas) e não vai querer abrir mão de apoiar a sua reeleição por uma candidatura com poucas chances de vitória. A pré-candidatura do Cidadania ao Senado, representa pelo policial civil Leandro Costa, também corre o risco de cair, já que os tucanos do Acre estão na base de apoio da pré-candidata Márcia Bittar (Sem partido).
Pesos e medidas
Dentro das federações, o esperado é que os partidos mais fortes sejam quem tomem as principais decisões. No Acre, o PSDB tem deputado estadual, federal (ainda que momentaneamente, já que a deputada Mara Rocha está de saída) e vereador de Capital. O Cidadania não tem nada disso. A lógica é que os tucanos do Acre ditem as regras por aqui.
Na base do diálogo
À coluna, Hall disse que “não há nada definido até o momento, ainda haverá uma reunião da executiva nacional com os presidentes dos diretórios estaduais pra conversarmos sobre esse assunto. São só especulações até o momento, ainda haverá muito diálogo pela frente”.
Do contra
Ainda segundo Hall, pelo menos no Acre essa união deve enfrentar resistência. “Não quero antecipar nosso posicionamento, mas a resistência a essa federação é grande. O PSDB no Acre é bolsonarista”, disse.
Sem vantagem
Para o pré-candidato do Cidadania ao Governo, essa união não trará vantagens ao partido no Acre, mas prejuízo. “Não há nenhuma vantagem eleitoral para nós e muito menos ganho para os acreanos, achamos pouco provável que essa federação se concretize, mas como disse anteriormente é uma discussão que ainda precisa ser feita, até porque existe uma ala forte no Cidadania que apoia a candidatura de Sérgio Moro à presidência da República”, falou à coluna.
Firme e forte
Apesar do movimento nacional pela união entre os partidos, David Hall diz que as pré-candidaturas majoritárias do Cidadania estão mantidas (pelo menos por enquanto). “De qualquer forma nossa candidatura majoritária ao governo e ao senado se mantém firme e forte”, concluiu.
Cronograma
O Cidadania quer reunir a Executiva Nacional do partido no máximo até o dia 19 deste mês para definir um posicionamento sobre o tema. Já a Executiva do PSDB deve se reunir até o dia 25 de janeiro.