Há poucos dias, o Irã divulgou um vídeo produzido em computação gráfica simulando um ataque à casa de Donald Trump e assassinando o ex-presidente dos Estados Unidos. O vídeo foi postado através da conta do chefe de Estado do Irã, Ali Khamenei e circulou no Oriente Médio e em Israel, rapidamente se espalhando, porém, o Twitter bloqueou a conta do presidente do Irã. A simulação do ataque faz parte de um desejo de vingança pela morte do ex-general iraniano Qassem Soleimani, morto em Bagdá sob as ordens de Donald Trump.
Soleimani era general da elite da Guarda Revolucionária do Irã, a Al Quds, desde 1998. Considerado um herói para o Irã, para os americanos era uma ameaça. Era o mentor intelectual de toda a estratégia militar e geopolítica do Irã. Desde sua morte então, o Irã pede vingança.
Em 2021 o Irã emitiu um mandado de prisão para Trump e mais 35 pessoas de sua equipe de governo pelo assassinato de Soleimani. O país também solicitou à Interpol um alerta de “luz vermelha” para Trump e as outras autoridades civis e militares dos EUA acusadas pela República Islâmica.
Já no início de 2022 o Irã solicitou à Assembleia Geral da ONU que tomasse uma medida de punição contra os EUA pelo ataque. Afirmam que o ataque coordenado pelos EUA violou a Carta da ONU, mas não houve punição ao país. Essa é uma pretensa tentativa de enquadrar Trump e alguns secretários de Estado em crime contra a nação do Irã e Soleimani.
Por outro lado, nas acusações trocadas entre ambos, Trump declarou a Força Revolucionária (que Soleimani chefiava) como uma organização terrorista. Ainda, que o Irã é um Estado patrocinador do terrorismo, acusando-os de praticar terrorismo de Estado.
O vídeo, para quem assistiu, simula um ataque por um robô por via do solo, entrando na residência do presidente, detectando o alvo e acionando um drone, que dispara contra uma pessoa, que seria Donal Trump. Encerra com um desenho de silhueta em alto contraste do rosto do ex general Qassem Soleimani.
O nível de computação gráfica deixa muito a desejar, comparado ao padrão de Hollywood. No entanto, caso a ONU não tome as medidas que eles esperam, afirmam que a vingança não será nada virtual, mas um ataque real, com sabor de sangue e cheiro de vingança. Muitos não acreditam que isso seja possível, dada à estrutura de segurança de Trump. Bom, ninguém imaginou que um dia um terrorista chamado Bin Laden, do Afeganistão poderia orquestrar um ataque às torres gêmeas nos Estados Unidos.
Agora, não é esperar sentado no sofá as cenas do próximo capítulo, nem em uma poltrona de cinema um filme sobre a queda de um ex-presidente americano. O melhor seria Trump tomar todas os cuidados e pedir a Deus que sessem essa sede de vingança e os Estados Unidos (caso haja um ataque como esse), não tenha que responder ao Irã com um ataque desproporcional. Ou, será se o ódio a Trump nos EUA é tão grande, que em vez de eles contra atacarem o Irã, irão agradecê-los e festejar? Não pago pra ver. Nem em sala vip.