Os períodos chuvosos do ano são mais propícios a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como dengue, chikungunya e zika, mas apesar disso, o Acre não aparece como ponto de atenção de expansão de dengue no Brasil nos indicadores do InfoDengue, sistema de monitoramento de arboviroses desenvolvido pelos pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com o InfoDengue, na primeira Semana Epidemiológica (SE) de 2022, o Acre notificou 10 casos de dengue, enquanto na primeira SE de 2021, o estado registrava 1.320 casos. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, que compreendem as Semanas Epidemiológicas (SEs) 1 a 52 – de 03/01/2021 a 01/01/2022, no período de quase um ano, o Estado registrou 14.733 casos de dengue – com incidência de 1.624,6 por 100 mil habitantes.
Os dados do InfoDengue apontam para um padrão de ocorrência da dengue no país em 2021 no Acre, principalmente na capital, que em anos anteriores sofreu com epidemia em proporções altas e impacto na população, principalmente pelo período chuvoso e cheias dos rios que ocorrem neste período do ano.
No último Levantamento do Índice Rápido de Infestação (LIRA), feito no dia 21 de dezembro de 2021, o percentual estava em 9%, que classificou Rio Branco como situação de alto risco para transmissão de arboviroses. Os dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), apontam que a cada 100 domicílios visitados pelas equipes de combate à endemias, em nove residências foram encontrados focos do mosquito.