De acordo com a diretora do Pronto Socorro de Rio Branco, Carolina Roque, o fluxo de atendimento no hospital aumentou consideravelmente nas últimas três semanas, muito por conta do surto de gripe que assola a Capital.
“Notamos que nosso fluxo apresenta um certo ciclo, que oscila entre dias com muitos pacientes graves e dias com poucos. Ocorre que o surto de gripe veio somar à nossa demanda. A baixa cobertura vacinal contra Influenza e o relaxamento dos cuidados com a Covid-19 parecem contribuir sobremaneira para esse cenário, já que ambas são doenças virais que apresentam disseminação de forma semelhante”, disse a gestora ao ContilNet.
E a alta demanda para atendimento desses casos mais leves, pode comprometer o atendimento dos casos mais graves, por isso, a diretora faz um apelo: “Orientamos que as pessoas não procurem o PS por sintomas gripais leves e moderados, pois a unidade é referência para doenças graves, como insuficiência respiratória grave, infarto e AVC”.
Mesmo com a orientação, as pessoas continuam procurando o PS. “A demanda de pacientes com tosse, dor de cabeça e nariz entupido está absurdamente grande; a quantidade de atendimentos de usuários com quadro gripal vem crescendo geometricamente. Mesmo com a orientação de procurar as UPAs e URAPs, a população prefere o PS; inclusive quando o profissional da triagem orienta que o atendimento de ficha verde e azul pode demorar horas, o usuário se nega a buscar atendimento em outra unidade. Estamos, sim, sendo sobrecarregados devido a essa conduta”, finalizou.