Foi aprovado na Câmara Municipal, em sessão extraordinária desta quinta-feira (20), o projeto de lei complementar de autoria do executivo que promove uma reforma administrativa na Prefeitura de Rio Branco.
A proposta que ganhou 10 votos favoráveis e foi rejeitada por apenas 4 vereadores – a saber, Michelle Melo (PDT), Adailton Cruz (PSB), Ismael Machado (PSDB) e Emerson Jarude (MDB) – autoriza o prefeito Tião Bocalom a criar pouco mais de 100 novos cargos, 5 secretarias adjuntas, 1 nova secretaria e mais um cargo de secretário, consequentemente, além de assessorias especiais em que os titulares serão remunerados com salários iguais aos de secretários.
O aumento de cargos e gratificações deve gerar uma despesa anual de mais de R$ 15 milhões.
Os parlamentares de oposição que votaram contra o projeto repudiaram sua aprovação e o interesse do prefeito, sob a justificativa de que Rio Branco vive um período crítico com relação ao aumento de casos da covid-19 e um surto de influenza, além dos problemas envolvendo o transporte público.
“Isso é um estelionato eleitoral. Lembro que o prefeito disse à população, antes de ser eleito, que enxugaria a máquina pública, mas não é isso que está fazendo. Criticou as gestões do PT a vida toda, dizendo que existia uma farra com os cargos públicos, mas faz pior. Hoje, quer mais cargos à sua disposição do que a quantidade que tinha o Marcos Alexandre, por exemplo. Lamento que esse projeto tenha sido aprovado em meio a tantos outros problemas que deveríamos enfrentar”, disse Michelle Melo à reportagem do ContilNet.
O vereador Antônio Moraes, favorável ao PL, disse que a reforma é importante e “ já foi feita em outras gestões”. “O prefeito tem toda razão ao fazer essa reforma porque outras gestões também fizeram e a sua tem condições de fazer. Ser contra esse projeto é ser contra o desenvolvimento econômico de Rio Branco”, destacou.
Categorias e sindicatos foram até à Câmara protestar contra o PL, mas não obtiveram o apoio de todos os vereadores.