Uma nota técnica divulgada nesta quarta-feira (16) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que o ritmo da vacinação infantil (de 5 a 11 anos) contra covid-19 no Acre, especificamente com relação à aplicação da primeira dose, está lento e abaixo da média nacional, que é de 21%, proporcionalmente.
A vacinação pediátrica iniciou no Estado no último dia 17 de janeiro com doses da Pfizer. Em toda a unidade, a meta é imunizar 120 mil crianças dentro da faixa etária.
Após 30 dias desde o início da campanha de imunização, o Acre atingiu a marca de 8,27%.
Entre as Unidades Federativas, apenas 7 possuem cobertura de primeira dose maior que a média nacional (21%): Rio Grande do Norte (32,6%), Sergipe (23,9%), Espírito Santo (21,9%), São Paulo (28,1%), Paraná (28,6 %), Rio Grande do Sul (23,2%) e o Distrito Federal (34,6%). O pior desempenho está no Amapá, com apenas 5,3% da população na faixa etária entre 5 e 11 anos vacinada.
Entre as capitais, em geral, há mais locais com níveis superiores à média nacional, como era de se esperar. Onze capitais estão abaixo da marca do país: Macapá (1,6%), Boa Vista (20,6%), Rio Branco (6,9%), Porto Velho (16%), Teresina (8,4%), João Pessoa (15,8%), Recife (1,9%), Belo Horizonte (18,4%), Campo Grande (1,6%) e Cuiabá (15,7%).
Todos os estados da região norte do país encontram-se abaixo da média nacional.
“Em sua maioria, a cobertura vacinal de primeira dose das capitais é maior que a do estado como um todo. As exceções são o Amapá, Acre, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste”, diz um trecho.
O estudo leva em consideração um “forte indício de que a vulnerabilidade social determina a aplicação das doses em crianças”.
“A inspeção visual desta relação mostra que a cobertura vacinal de primeira dose é diretamente proporcional e maior nos estados onde a expectativa de vida ao nascer e o IDH são também maiores. Ao contrário disso, a cobertura vacinal de primeira dose é menor onde há maior desigualdade de renda, pobreza e internações por condições sensíveis à atenção primária”, finaliza.