Assaltante que matou Jorge das Flores foi enviado por facção e confessou crime com frieza, diz delegado

O delegado Adriano Moraes, responsável pela Central de Flagrantes (Defla) de Rio Branco, concedeu entrevista ao ContilNet nesta segunda-feira (7) e deu detalhes sobre as investigações da morte do empresário Jorge das Flores, ocorrida no último sábado (5).

Jorge levou dois tiros no peito, na frente dos filhos, após reagir ao assalto. Mesmo levado ao Pronto-Socorro, às pressas, não reagiu.

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O suspeito de cometer o crime é Juliano Salvador Leitão, de 27 anos, integrante da facção Comando Vermelho. Ele informou à polícia, após ser preso, que recebeu do grupo a ordem para ir até o local realizar o assalto e roubar uma grande quantidade de dinheiro que Jorge guardava no porta luvas de um carro.

Jorge das Flores é natural do Rio de Janeiro e morava no estado do Acre há mais de 30 anos. Em janeiro deste ano, ele visitou a própria família no Rio de Janeiro, após mais de 10 anos sem ver os familiares. Foto: arquivo pessoal

O comparsa que também foi enviado pela facção para entregar a arma a Juliano ainda não foi identificado, já que fugiu antes do ocorrido. O suspeito disse que não o conhece porque a facção o designou apenas para entregar a arma ao assaltante.

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“Juliano chegou aqui na delegacia sem qualquer culpa ou remorso por ter praticado o crime. Confessou tudo com muita naturalidade, não sei se por ser essa a forma como lida com a situação ou porque ainda estava elaborando tudo o que havia ocorrido”, destacou o delegado.

“O fato é que ele ainda não conhece o comparsa, mas afirmou que a facção ordenou o assalto para adquirir o dinheiro”, continuou.

Adriano informou também que o assaltante disparou o primeiro tiro contra Jorge quando imaginou que ele, ao tocar os bolsos para entregar a chave do carro – sob pressão -, estaria procurando uma arma.

“Foi o que disse à polícia. Estamos dando sequência às investigações para apurar o fato e finalizar o inquérito”, finalizou.

Jorge foi sepultado na tarde desta domingo (6), no Cemitério Morada da Paz. A ocasião foi marcada por muito choro e revolta por parte da família e dos amigos.

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