Com ‘mochilinha’, menino de 5 anos foge de escola no 1º dia de aula e é encontrado 2 km distante

Inegável que o primeiro dia de aula gera muitas emoções nas crianças e recordações para os pais. Contudo, os responsáveis de um menino, de 5 anos, passaram por momentos de apreensão após ele fugir da escola, em Campo Grande. O garotinho foi encontrado por uma motociclista a 2 km da instituição de ensino.

Segundo um tio do garoto, ele simplesmente chegou no portão da escola e pediu para abrirem para ele sair. E assim foi. Quando os pais foram buscá-lo, às 17h, ficaram sabendo que o filho não estava mais lá.

Com uniforme e “mochilinha”, a criança percorreu cerca de 2 km pelas ruas da capital, saindo da rua dos Recifes e caminhando até a avenida Marechal Deodoro, onde foi abordada por uma motociclista, chamada Gracieli Verruck, de 39 anos.

“Na hora percebi que ele não tinha ninguém em volta e estava tentando atravessar. Foi quase atropelado por um caminhão”, conta Gracieli.

Inicialmente Gracieli planejou levar o garoto para um batalhão da Polícia Militar que fica na região. A motociclista prometia para ele a todo momento que não o deixaria sozinho. Ainda parou para comprar um refrigerante para o menino que se queixou de sede.

A angústia, conforme Gracieli, era o único sentimento que a dominava, pois ela também é mãe: “Toda vez que lembro eu choro porque me bateu um desespero. Tenho um filho da idade dele, mesmo tamanho, porte físico. Aquilo mexeu muito comigo. Não dormi direito. Eu tô em estado de choque”, afirma mais uma vez emocionada.

No caminho para o batalhão, a motociclista avistou uma aglomeração de pessoas. Tratava-se de familiares do garoto e vizinhos, que estavam reunidos em uma força-tarefa para encontrá-lo.

Enquanto isso, os pais estavam em uma delegacia para notificar o desaparecimento da criança. Ao receberem a notícia de que o garoto tinha sido encontrado, o alívio tomou conta. Em seguida, a revolta com o que ocorreu inflamou a família inteira, como comenta a mãe da criança, Juliana Oliveira, 31 anos.

“Poderia ter acontecido coisa pior com ele. Tem tanta gente ruim nesse mundo. Ele disse que realmente pediu para uma das moças abrir a porta [de blindex] da escola para sair e ele saiu andando”, relata.

Sobre o retorno do filho para a mesma escola, a mulher é direta. “De jeito nenhum”, afirma.

g1 MS entrou em contato com a escola que afirmou estar em contato com o advogado que representa a instituição para tratar sobre o caso.

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