Basta uma rápida olhada no catálogo de filmes e séries de ficção científica para entender que a vida extraterrestre inteligente é um fascínio da espécie humana. Contudo, a idealização de organismos alienígenas é muito difícil por um simples motivo: todas as nossas referências são aqui da Terra.
No entanto, alguns especialistas revelaram que a vida extraterrestre artificial fora do nosso planeta pode ter mais chances de ser encontrada do que a biológica.
A própria origem da vida na Terra é bastante misteriosa. O que as evidências e teorias mais robustas apontam é que o ambiente terrestre atingiu, há alguns 3,5 bilhões de anos, condições de temperatura, radiação e umidade, por exemplo, ideias para a formação de certas moléculas.
Essas moléculas, como aminoácidos e nucleotídeos então podem ter se aglomerado e organizado de forma a criar estruturas funcionais. Ao longo de milhares de anos, isso pode ter gerado a primeira forma de vida (um organismo ancestral e unicelular).
Todavia, não podemos assumir com certeza que a vida siga os mesmos padrões fora do nosso planeta, universo a fora. Ainda assim, podemos supor que civilizações de vida extraterrestre inteligente sigam a Teoria da Evolução mais ou menos como a conhecemos. Também podemos supor – e apenas supor – que sociedades tecnológicas podem seguir comportamentos como os da nossa própria.
Uma civilização alienígena pode ter, por exemplo, propósitos expansionistas, políticos, exploratórios ou religiosos em relação a outros planetas e outras formas de vida. Isso apenas para citar algumas das praticamente infinitas possibilidades.
O problema na vida biológica, contudo, está no seu prazo de validade e na sua fragilidade. Ou seja, alienígenas super avançados podem, por exemplo, ter transferido suas consciências para máquinas que nós humanos somos incapazes de compreender.
Para além disso, computadores extraterrestres podem estar espalhados pelo universo como partes reminiscentes de sociedades já extintas. Mais uma vez isso se baseia na humanidade, uma vez que as sondas Voyager carregam discos com coordenadas, informações e obras artísticas sobre a Terra.
Vida extraterrestre baseada na computação
Super computadores e sistemas tecnológicos têm um custo muito além do dinheiro. Algumas das tecnologias que teorizamos hoje não podem ser criadas nem com todo o dinheiro do planeta. O fator limitante em termos de civilizações alienígenas é a energia.
Em 1964, o astrofísico russo Nikolai Kardashev classificou as possíveis civilizações de vida inteligente extraterrestre em 5 categorias. Estas categorias levam em consideração a capacidade dos seres de extraírem energia do universo.
Uma civilização tipo I, por exemplo, é aquela capaz de utilizar toda a energia disponível em seu planeta. Os próximos tipos seguem para a energia da estrela vizinha, da galáxia, do universo e, por fim, do multiverso. A humanidade, vale comentar, nem chegou ao tipo I ainda.
Todavia, uma sociedade de vida extraterrestre do tipo I ou II poderia construir máquinas extremamente mais complexas do que as que imaginamos hoje, simplesmente porque a disponibilidade de energia útil seria absurdamente maior. A coisa fica ainda mais abstrata para civilizações ainda mais evoluídas.
Assim, alienígenas podem estar espalhados pelo nosso universo, seja em computadores interestelares, seja em corpos biológicos como os nossos. Contudo, a tecnologia tende a ser mais eficiente e duradoura do que sistemas biológicos, ao menos na teoria.
Algumas espécies de alienígenas aquáticos podem estar vivendo calmamente abaixo de oceanos congelados que nunca encontraremos no cosmos. Outras podem ter coletado a energia de estrelas inteiras e feito um backup de suas consciências para um super computador.
Em ambos os casos, contudo, a angustiante resposta que temos é que é impossível saber algo com certeza em relação a civilizações alienígenas. Pelo menos até encontrarmos alguma.