Em 2005, William Bonner precisou ir às pressas para o Vaticano, como muitos nomes do jornalismo mundial, para cobrir a morte do Papa João Paulo II. A partir do boletins médicos divulgados, a Globo antecipou o falecimento do líder religioso e enviou a equipe do Jornal Nacional para a Europa antes mesmo do pior acontecer.
William Bonner, em entrevista ao Memória Globo, contou detalhes de como foi a decisão de ir para o Vaticano correndo, tendo em vista o estado de saúde já debilitado do Papa. Existia a possibilidade do religioso melhorar e, assim, eles corriam risco de ir para a cidade católica à toa.
“O Papa entrou em agonia em uma sexta-feira”, iniciou o responsável pelo jornalismo da Globo na ocasião, Ali Kamel. “Nós, então, chegamos à seguinte conclusão: se o Bonner deixasse para viajar depois que João Paulo II morresse, nós não conseguiríamos fazer de Roma o primeiro ‘Jornal Nacional’ após a morte do Papa”, finalizou.
Sendo assim, foi decidido que William Bonner e outros profissionais, como Caco Barcellos, iriam para o Vaticano. O apresentador do Profissão Repórter, contudo, ficou em uma parte da cidade onde os religiosos se reuniam para rezar pelo religioso e pegou trânsito na volta ao hotel, perdendo o momento do anúncio da morte do Papa João Paulo II.
Na correria, William Bonner aceitou um desafio novo e gravou uma matéria enorme sobre a partida do pontífice, em cima da hora, para que fosse exibido no JN. Caco, por sua vez, se desesperou ao notar que perdeu toda sua matéria sobre o anúncio da morte do Papa.