O encontro ocorrido nesta quinta-feira (3) em Porto Velho (RO) entre os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e do Peru, Pedro Castilho, com a participação do governador anfitrião, Marcos Rocha, e do Acre, Gladson Cameli, foi classificado pelo senador Márcio Bittar (PSL-AC), um dos articuladores do encontro, como mais um passo decisivo de uma longa caminhada em busca de relações bilaterais entre os dois países.
O encontro de hoje foi para a assinatura de acordos que possam permitir ao país, principalmente aos estados mais próximos do Peru, caso de Rondônia e Acre, para o credenciamento de seus frigoríficos locais para a exportação de carne bovina e suína para aquele país, que detém um potencial consumidor de proteína animal estimado em mais de 20 milhões de pessoas.
Bittar, que ainda convalesce de uma cirurgia num dos calcanhares e compareceu a cerimonia com muletas, disse ter ficado ainda mais satisfeito comas articulações iniciadas por ele, no início do Governo, para que se chegasse ás atuais condições. “É claro que, nesta longa caminhada, outros governos, tanto do Brasil como do Peru, e suas lideranças também trabalharam neste sentido. Esta aqui é um trabalho que não começou agora nem terminará tão cedo”, disse o senador. “O meu sonho é que, a partir dessas relações comerciais, possam estreitar relações em todos os sentidos”, acrescentou.
De acordo com Márcio Bittar, os acordos firmados hoje vão permitir, de imediato, expansão na agricultura e na economia local. “O grande produtor vai poder plantar mais soja, milho e os pequenos também, acompanhando cada qual na sua capacidade, porque o aumento no volume de exportação de carne obriga a que cada um aumente seu plantio, para fornecer o produto necessário á ração que vai engordar os animais a serem abatidos e exportados. Fico muito feliz em testemunhar isso”, afirmou.
Bolsonaro recebeu presentes das mãos de secretário da Sepa. Foto: cedida
Para o senador, Brasil e Peru, que tem tantas coisas em comum, precisam azeitar relações na área ambiental, de fronteira, de infraestrutura e em todos os sentidos. “Não há sentido para que nações tão próximas permaneçam de costas uma para outra nas demais relações que extrapolem a área comercial”, disse. Além de exportar carne para o peru, a partir dos acordos firmados agora, o Brasil – e o Acre, em particular – poderá ter acesso também aos mercado de proteína do Peru, que é rico em batata, alho, cebola e frutos do mar.
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Por ordem do governador Gladson Cameli os dois presidentes foram presenteados com produtos originais do Acre, embora não se saiba exatamente o que foi entregue já que as caixas de presentes estavam vedas. Os presentes foram entregues pelo secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, Nenê Junqueira. O governador do acre seguiu para Brasília no avião presidencial de Jair Bolsonaro.
