MP denuncia à Justiça suspeito de manter esposa em cárcere, torturá-la e matá-la

O Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MP-MS) denunciou à Justiça, nessa quinta-feira (17), Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, suspeito de manter a esposa em cárcere privado, torturá-la e matá-la.

Para o MP, além de impedir que Francielle Guimarães Alcântara, de 36 anos, saísse de casa e torturá-la, Adailton a matou por motivo torpe. Ele está preso desde 31 de janeiro, cinco dias após o corpo da mulher ter sido encontrado na casa.

Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, Adailton irá responder por feminicídio, tortura e cárcere, e pode ser levado a júri popular.

Uma mulher também foi denunciada pelo MP por ajudar a esconder o feminicídio.

O crime

De acordo com as investigações da Polícia Civil, Francielle foi torturada com choques elétricos e pauladas em frente ao filho, de 1 ano, na casa onde a família morava, no bairro Caiobá, em Campo Grande.

Ela teria sido mantida em cárcere por cerca de um mês, período que foi friamente abusada diversas vezes. Ela foi encontrada morta no dia 26 de janeiro e o marido alegou que ela teria se matado.

Adailton foi preso na rodoviária de Cuiabá (MT). Conforme a polícia, ele não se mostrou arrependido e ainda detalhou os momentos de terror a que submeteu a esposa, por uma suposta traição, com o objetivo de justificar os atos cometidos.

Ao falar dos dias de agressão, Adailton confessou que punia a mulher quando se sentia “inseguro” no relacionamento.

Francielle teve os dentes arrancados com alicate de unha, foi esfaqueada nas costas e costelas pelo homem, que sempre a levava para o quarto para aplicar as punições. Ela só podia ficar perto do filho pequeno.

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