Narciso: ‘Se Lula ganhar, prova que o marketing não tem a importância que João Santana atribuía a si’

Quem será?

Candidatos a vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula já se contam as dezenas

Muito provavelmente, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será o companheiro do ex-presidente Lula nas eleições de 2022, e não apenas por interesses eleitoreiros, sobretudo, pelo seu valor simbólico, ainda que mais de uma dezena de outros nomes desejasse ser o escolhido, afinal de contas, o franco favoritismo do ex-presidente Lula estimula a fartura de pré-candidatos a vice-presidentes. A hipótese do ex-presidente Lula se eleger já no 1º turno e que vem sendo insistentemente levantada pelos nossos mais conceituados e acreditados institutos de pesquisas tem sido a causa determinante dos múltiplos interesses.  

A quem devemos creditar tamanho sucesso? Certamente aos feitos nos oito anos que nos presidiu, e mais ainda, a sua capacidade de fazer política e as suas permanentes preocupações com as classes menos favorecidas. Para tanto basta que observemos os programas sociais que foram estabelecidos ao tempo que ele, Lula, esteve na presidência da nossa República.

Embora acusado por seus adversários de ter aparelhado a nossa máquina pública para eternizar-se no poder e de ter montado uma organização criminosa para arrecadar recursos públicos, nas próximas eleições o ex-presidente Lula não mais poderá ser acusado, posto que, enquanto candidato de oposição, a máquina pública em nada irá lhes favorecer.

Sobre a influência dos marqueteiros nas eleições de 2022, o próprio João Santana vê-se desafiado a provar que os seus malabarismos, a favor ou contra determinados candidatos produzem os efeitos desejados, posto que, nas próximas eleições ele estará a serviço da candidatura do presidenciável Ciro Gomes e não mais a serviço da candidatura do ex-presidente Lula.

Portanto, se o ex-presidente Lula sagrar-se vitorioso nas próximas eleições restará provado que o marketing político não tem a importância que o próprio João Santana atribuía a si mesmo, por ter estado na linha de frente das campanhas eleitorais dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

Quanto ao aparelhamento da máquina pública o ex-presidente Lula não poderá ser acusado de utilizá-la, afinal de contas, esta se encontra em poder do atual presidente Jair Bolsonaro, seu mais notório adversário. 

Resumo da ópera, ou mais precisamente, da tragédia de ora vivenciamos: ou será feita uma ampla reforma no nosso sistema político, partidário e eleitoral ou as nossas eleições se darão em clima de guerra, até mesmo à base do assassinato de reputações.

Não me apraz assistir a polarização Lula/Bolsonaro, e menos ainda, o nosso chamado centro político encontrar-se bastante dividido e sem já ter percebido que já no primeiro que todos serão derrotados, e no segundo turno terão que aderir ao nem Lula e ao nem Bolsonaro que tanto condenaram.

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