O número de pessoas internadas com covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Acre já é considerado preocupante, de acordo com o último levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Nove unidades federativas estão em com a ocupação de leitos de UTI para Covid em situação crítica, com 80% ou mais das vagas preenchidas. O número, referente a 7 de fevereiro, é semelhante ao da semana anterior, embora com estados diferentes.
O Acre, com 67% das UTIs ocupadas, não está inserido nesse primeiro cenário, mas se destaca entre os 11 que estão na zona de alerta intermediário, segundo o levantamento. Rondônia (69%) e Sergipe (75%), entram em alerta, juntando-se ao Pará (79%), Amapá (63%), Ceará (73%), Alagoas (69%), Bahia (73%), São Paulo (71%), Paraná (73%) e Santa Catarina (74%), que já estavam nesta situação. O Rio de Janeiro está com 59% de ocupação de leitos UTI-Covid.
A preocupação apresentada pelos pesquisadores é com o espalhamento da Ômicron “em áreas com baixa cobertura vacinal e recursos assistenciais precários, o que pode propiciar elevação do número de óbitos”.
“Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves”, diz um trecho da publicação.
Entre as capitais, 15 estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (91%), Rio Branco (80%), Palmas (81%), Teresina (taxa não divulgada, mas estimada superior a 83%), Fortaleza (85%), Natal (percentual estimado de 81%), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%, Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), o número de infectados subiu para 109.417 em todo a unidade. 1.914 acreanos já perderam a vida em decorrência do vírus.