Simone lança novo single “Haja Terapia” e fala sobre Covid

Após nove anos, a Cigarra entra em estúdio e lançou ‘Haja Terapia’, música que fala dos impactos que a Covid-19 trouxe para todos. “Todo dia um convite para desistir bate à porta, mas a gente resiste e segue”, pontua.

Simone revela que aderiu ao Tik Tok e que as fotos inéditas para o novos single fez sem maquiagem por opção: “Iria fazer as fotos com um maquiador, mas com todas as baixas na equipe por causa de Covid, a opção foi encarar as sem maquiagem. E quer saber? Achei ótimo, pensei: “encara outra vez!”. Teve um lado maravilhoso e que somou muito ao dia das fotos: ir à praia, colocar biquíni, tomar banho de mar. E não tive nenhuma censura, pensei: ‘Ah, sabe de uma coisa? Não estou nem aí!’. Mas esta também foi a parte mais difícil. Sou assumida com a minha idade. E o melhor a fazer é assumir os 72 anos, o corpo que eu tenho”

Na contramão de artistas que habitam as plataformas com muitos lançamentos musicais por ano, Simone, a Cigarra, lançou seu primeiro single em nove anos, ‘Haja Terapia‘, de Juliano Holanda. E revela sobre o seu tipo de terapia: “Quando falamos em terapia, talvez a primeira que venha à cabeça seja a tradicional. Mas, a música, para mim, fala em ‘terapias’. Quando você fatia o tempo nas terapias, vê também o tempo em tudo. E acho que ele correu mais a favor e de forma íntima para ajudar a colocar os meus demônios para fora. Nesta época de pandemia, a gente procurou e procura muitas terapias. Eu cantei, ouvi música, aumentei a quantidade de flores nos vasos da minha casa para me proteger. Cozinhei, brinquei com a Lola, minha cachorrinha, contemplei o mar, o céu e a lua. Amo o mistério da noite. Ele me intriga. E adoro assistir a esportes na TV. Senti que o tempo ficou mais curto. Todo dia um convite para desistir bate à porta, mas a gente resiste e segue”.

A cantora é a mais nova adepta do Tik Tok, e fala do novo trabalho, realizado em meio à pandemia, experiência nova para Simone que estava longe dos estúdios e retornou em setembro passado, para dar conta do seu novo álbum: “Adoro um estúdio e amei fazer esse trabalho, porque foi desafiador e rápido, ao mesmo tempo. É muito diferente ter oito pessoas no estúdio que não tiravam a máscara. Também foi uma delícia a preparação, a escolha das músicas, as conversas por vídeos antes de ir para o estúdio, tudo muito novo para mim. Acho que formamos um bloco, um time maravilhoso, com harmonia, muito bom mesmo. Sinto que todas as surpresas boas aconteceram ali”.

"Quando você fatia o tempo nas terapias, vê também o tempo das coisas. E acho que ele correu mais a favor e de forma íntima para ajudar a botar os meus demônios para fora" (Foto: Nana Moraes)

“Nesta época de pandemia, a gente procurou e procura muitas terapias” (Foto: Nana Moraes)

Observadora do seu tempo, ela destaca que o título do novo trabalho é claramente uma alusão aos impactos que a Covid-19 trouxe para todos, inclusive para ela. Como diz o verso da própria canção, ‘(…) às vezes a vida é uma estrada sem acostamento”, e compartilha o porquê de ter optado por fazer fotos sem maquiagem, aos 72 anos. “As fotos seriam feitas com maquiador, mas com todas as baixas na equipe por causa de Covid, a opção foi encará-las sem maquiagem. E quer saber? Achei ótimo. Pensei: ‘encara outra vez!’. Teve um lado maravilhoso e  que somou muito ao dia das fotos: ir à praia, colocar biquíni, tomar banho de mar. E não tive nenhuma censura, pensei: “ah, sabe de uma coisa? Não estou nem aí!” Mas esta também foi a parte mais difícil”.

E completa: “Sou assumida com a minha idade. E o melhor a fazer é assumir os 72 anos, o corpo que eu tenho. No dia da sessão, o céu estava lindo, um astral maravilhoso. A Nana Moraes, fotógrafa, foi maravilhosa. Ela e a equipe me deixaram muito à vontade, o que ajudou muito, já que tenho algumas dificuldades diante da câmera. Assim, a “maquiagem” ficou por conta da Nana (risos)”.

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