Alan Rick pede redução da nota de corte do Revalida 2022; presidente do Inep orienta

O deputado federal Alan Rick (União-AC) se reuniu com o Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, nesta quinta-feira, 10, em Brasília, para pedir a redução da nota de corte da prova do Revalida, realizada no último domingo. O Instituto é responsável pela elaboração e aplicação dos testes.

Dois dias antes da avaliação, os candidatos foram surpreendidos com a divulgação da pontuação mínima para aprovação. Dos 90 pontos exigidos em 2021, a nota passou para 99,6. Quem não atingiu essa pontuação está desclassificado e não poderá fazer a segunda etapa, que é a prova de habilidades clínicas. “Os candidatos tiveram dois reveses. Primeiro, ficar sabendo da nota de corte apenas 48 horas antes do exame. Segundo, o aumento de quase 10 pontos em relação ao ano passado”, elenca o deputado.

Na reunião desta quinta-feira, Alan Rick falou sobre a dificuldade que cidades do interior têm para contratar médicos e pediu a Dupas que o Instituto reconsidere a nota estipulada. “Quando eu luto pelo Revalida, é porque os médicos formados no Brasil não querem ir para os municípios pobres do interior. Para se ter uma noção, em todo o Estado do Acre, hoje, apenas duas neuropediatras atendem e uma está em licença maternidade. Os médicos formados no exterior são os únicos que aceitam ir para os municípios isolados do país e ainda são obrigados a passar por tanta dificuldade para conseguir validar seus diplomas”, lamenta.

O presidente do Inep informou ao deputado que é preciso aguardar o fim do prazo de recursos às questões da prova, para avaliar como ficará a nota de corte. “Se muitas questões forem anuladas, o número máximo de pontos cai e, consequentemente, a nota mínima muda”, explicou. Candidatos que quiserem contestar algum item do exame têm o dia 14 de março, para apresentar recurso. A divulgação do resultado definitivo está previsto para o dia 11 de abril.

Alan Rick é autor da Lei que tornou obrigatória a realização semestral do exame de revalidação dos diplomas de médicos formados no exterior. Antes disso, as provas do Revalida não eram realizadas regularmente.

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