Uma mulher de 47 anos foi a uma clínica oftalmológica, preocupada com uma coceira insistente nos olhos que já durava duas semanas. Ao ser examinada, os médicos descobriram que ela tinha câncer.
O caso foi relatado no periódico científico New England Journal of Medicine e ocorreu na China em agosto do ano passado. Os médicos que a atenderam perceberam que havia algo saliente na pálpebra do olho direito da paciente e realizaram um exame para verificar a parte interna da região.
O exame revelou uma lesão pigmentada em cima do olho com coloração preta e rosa. A lesão estava crescendo na conjuntiva palpebral, uma membrana transparente que fica dentro da pálpebra e conecta o olho ao tecido que o envolve.
Os médicos que atenderam a paciente realizaram uma biópsia para remover parte da lesão para análise e o resultado mostrou que se tratava de um melanoma maligno – um tipo grave de câncer de pele. Esse tipo de câncer, marcado por lesões pigmentadas, raramente aparece no olho.
Aconselhada pela equipe médica, a paciente optou por um tratamento com pembrolizumab, um medicamento de anticorpos popular usado para tratar melanomas e outros tipos de câncer. Os exames de acompanhamento têm mostrado que não houve evolução do tumor, o que é considerado um sinal promissor.