A diarista Pryscilla Stephan da Silva, de 38 anos, que havia sido presa por homicídio e por dirigir embriagada após matar atropelada a tia, Ivonete Pache Stephan, de 56 anos, na noite de Natal, em 2018, recebeu perdão judicial pelos atos. A decisão foi assinada, nesta quinta-feira (17), pelo juiz Marcio Alexandre Wust, em Campo Grande.
Na decisão, o juiz alega que no caso, “como bem ponderou o Ministério Público, as provas produzidas demonstram que as consequências da conduta causaram na acusada resultados graves, que a sanção penal se torna desnecessária”. Nestes casos, o sentimento de culpa pelo falecimento do ente sobressai à pena.
O perdão judicial diante de um ato infracional possibilita excluir ou suspender o processo e pode ser dado pelo Ministério Público e homologada judicialmente, ou pelo Poder Judiciário.
Pryscilla chegou a ser presa em flagrante, mas foi liberada um dia após em audiência de custódia, realizada na capital.
Entenda o caso
Segundo a Polícia Civil, Pryscilla não tem carteira de habilitação, estava embriagada e tentava sair com o carro da garagem onde acontecia a festa de Natal após uma discussão com o marido, por volta das 4h. A tia tentou impedi-la colocando-se na janela do passageiro, e quando Pryscilla deu marcha a ré no carro bruscamente, ela foi prensada contra o muro. Ivonete morreu no local.
Mesmo depois de atingir a tia, Pryscilla tirou o carro da garagem, derrubou uma lixeira e parou com ele na calçada da casa. Teste do bafômetro apontou 0,58 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões.
A diarista foi autuada em flagrante por homicídio culposo na direção de veículo automotor e por dirigir embriagada.