Finalmente, caiu a ficha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele admitiu pela primeira vez o que tem ouvindo com insistência dos seus principais assessores: se não se cuidar, poderá ser alvo de um atentado durante a campanha eleitoral que se aproxima.
Em entrevista, ontem, à rádio Espinharas, da cidade de Patos, na Paraíba, ele foi lembrado pela apresentadora que em fevereiro último, o ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, disse que não duvida de que grupos radicais ligados a Bolsonaro possam tentar matá-lo.
Lula respondeu que não descartava a hipótese e aproveitou para relacionar Bolsonaro a milicianos que, “quem sabe?”, segundo ele, teriam sido os responsáveis pela execução no centro do Rio, em 2018, da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Em abril, Lula vai participar do seu primeiro ato público de campanha. Será em São Paulo, possivelmente na Avenida Paulista, e na companhia do seu candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin. Em seguida, começará a percorrer o país em atos públicos semelhantes.
O PT pretende montar um gigantesco esquema de segurança em torno dele e de Alckmin.