A Organização Não-Governamental (ONG) Greenpeace divulgou na última sexta-feira (11), um alerta acerca do avanço da devastação na região da Amazônia Legal, que compreende, dentre outros estados, o Acre.
O alerta está embasado em dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com a ONG, os números mostram que o mês de fevereiro foi o pior em termos de devastação para o bioma amazônico. “O desmatamento segue fora de controle”, diz.
Além do Acre, a Amazônia Legal é integrada por Amazonas, Rondônia, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso. Nestas regiões, em período analisado (1º e 28º do mês anterior), pelo menos 199 quilômetros quadrados foram derrubados, configurando-se em um aumento de 62% com relação ao mesmo período do ano passado.
Somente a área desmatada, segundo os dados, correspondem a pelo menos 80% do tamanho do estado de São Paulo. Os alertas emitidos foram, em especial, para Mato Grosso, Pará e Amazonas, tendo em vista que nem com o período chuvoso a devastação deu trégua.
No entanto, a região conhecida como Amacro, junção das siglas dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia, também segue em alerta. Isto porque segundo o Greenpeace, esta área concentra uma das maiores taxas de desmatamento e um esquema de grilagem de terras públicas.
“Esse aumento demonstra os resultados da falta de uma política de combate ao desmatamento e dos crimes ambientais na Amazônia, impulsionados pelo atual governo. A destruição não para”, disse Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.