No Dia dos Povos Indígenas, três jovens indígenas foram resgatados em situação de trabalho análoga à escravidão (entenda o que é abaixo) em uma fazenda de Ponta Porã (MS). As vítimas prestavam serviços na extração de eucalipto, de acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência.
Conforme apurado pela reportagem, dois jovens, de 20 e 23 anos, e um adolescente, viviam em área alagada, dormindo em barraca improvisada e cozinhando pássaros para matar a fome. De acordo com relatos, os trabalhadores recebiam em torno de R$ 300 por semana, para ser dividido entre os três.
Ainda segundo apurado, os três dividiam uma barraca e dormiam em colchão apoiado em madeira. As denúncias e a operação foram feitas por auditores-fiscais do trabalho, que são vinculados ao Ministério do Trabalho e Previdência.
As vítimas cozinhavam dentro da barraca, inalando fumaça. Para o almoço desta terça-feira (19), os jovens iriam comer dois passarinhos que mataram mais cedo, com um pouco de arroz.
Os jovens estavam morando em uma barraca de lona plástica aberta, desprovidas de janelas e dormiam em colchões no chão batido. Pelas imagens é possível constatar diversas irregularidades, tais como o não fornecimento de equipamentos de proteção individual compatíveis com os riscos ocupacionais da atividade.