Um levantamento feito pela Comissão Pastoral pela Terra (CPT), publicado nesta segunda-feira (18) no portal Metrópoles, mostra que o Acre está entre os cinco estados com maior número de famílias envolvidas em conflitos por terra em 2021.
As unidades da Amazônia (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão) concentraram 61% dos conflitos gerados por grileiros, garimpeiros, madeireiros e grandes empresários.
Os cinco primeiros estados da lista são Pará (31.445 famílias), Roraima (18.917 famílias), Bahia (15.511 famílias), Maranhão (14.377 famílias) e Acre (10.567 famílias).
“Nesta região, a violência segue o ritmo do desmatamento, da pastagem e da soja, sempre rumo ao norte, em uma verdadeira cruzada de saque (desmatamento e minério), apropriação ilícita de terras públicas (grilagem) e violência física contra povos tradicionais, em seus territórios ocupados (expulsão, pistolagem e assassinatos)”, diz um trecho do relatório.
Na região Norte, 488 conflitos por terra foram registrados. No nordeste: 376.
Os dados publicados pela CPT são de 2021, mas a comissão já tem um levantamento preliminar sobre os registros de 2022. De acordo com a instituição, neste ano, já foram registrados 14 assassinatos em conflitos no campo. A maior parte (4 ocorrências) ocorreu no Pará.