Sob teste
As eleições deste ano determinará o destino do país, já que abundam as más especulações
Novas eleições novas esperanças, assim acontece nas melhores democracias, entretanto, como se estivéssemos nos preparando para uma guerra, assim tem sido o comportamento, não apenas dos nossos potenciais candidatos bem como dos nossos meios de comunicações, em particular, das diversas correntes cujas opiniões que alimentam as nossas redes sociais.
Discordo plenamente das recorrentes agressões que partem dos dois candidatos e seus seguidores que no presente representam a polarização ora estabelecida entre as candidaturas Lula/Bolsonaro, e mais ainda, da pulverização das diversas candidaturas que dizem pertencer ao nosso centro democrático.
Ao meu sentir, chegamos a este preocupante nível em razão da nossa legislação político-partidária-eleitoral, não apenas por sê-la precária, mas politicamente condenável. Não é possível admitirmos que a cada nova eleição, novas regras sejam estabelecidas e sempre salvaguardando os interesses daqueles que buscam suas permanências no poder. Isto só acontece nos regimes autoritários, ou mais precisamente, nas ditaduras.
Nada mais ameaçador do que nos encontrarmos há menos de seis meses das próximas eleições e temos que assistir, e em dozes demasiadas desabonadoras, os tratamentos que estão sendo dispensados aos nossos futuros detentores de mandados executivos e também aos integrantes das futuras Casas Legislativas, e em particular, do nosso futuro Congresso Nacional. Expressões do tipo: genocida, chefe de quadrilhas e ladrões tem sido as mais frequentes.
Enquanto isto, pouco ouvimos como falar das soluções das nossas gravíssimas crises. A prevalência tem sido o assassinato de reputações, como se os nossos eleitores tivessem que escolher os seus candidatos por exclusão, os seja, escolhendo àqueles que menos alvejados.
Se me preocupa a polarização Lula/Bolsonaro, preocupa-me muito mais o comportamento dos nossos partidos políticos, cujos desempenhos tem sido o pior possível, posto que, nem mesmo no interior de cada um deles, existe convergência. Neste particular, nem o próprio PSDB está respeitando o resultado de uma prévia que estabelecera, porquanto o candidato derrotado vive a conspirar contra os seus resultados.
No MDB, a sua pré-candidata à presidência da República, a senadora Simone Tebet já foi avisada que não terá o apoio de diversos correligionários que ora são detentores mandatos e nos diversos níveis de poder. O papelão patrocinado Sérgio Moro o transformou ainda mais parcial, incompetente que ao tempo em que, enquanto juiz, comandou a Operação Lava-Jato. E do que diz Ciro Gomes o que haveremos de esperar?