Em 30 de abril de 1992, em uma quinta-feira, o prédio da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), localizada na rua Arlindo Porto Leal, no Centro de Rio Branco, pegou fogo e ficou registrado como o maior incêndio já ocorrido na capital. Segundo informações do coronel Carlos Batista, foram mais de 60 bombeiros atuando na operação.
O coronel Batista, em entrevista ao programa Entrevista da Tarde, lembra que na época, nenhum dos bombeiros que participaram da operação usava equipamentos modernos, pois naquele ano as coisas eram diferentes. Não haviam roupas de aproximação e resistente ao fogo e calor.
O incêndio tomou o prédio e, ao perceber que havia fogo no local, os servidores subiram para o terraço e, segundo coronel Batista, algumas pessoas ameaçavam se jogar, para que tivesse uma morte, talvez, menos dolorosa, conforme aconteceu em São Paulo, no Edifício Joelma. O prédio da sede da Aleac foi destruído pelo fogo, além de todo acervo histórico e documentos do Poder Legislativo do Acre, de 1962 à 1992.
Reconstruído em 1994, o prédio da Aleac não atende mais às necessidades de todos os parlamentares e servidores da casa. Em 2012, houve um processo de negociação com a Câmara de Rio Branco, quando o acordo seria feito da seguinte forma: a Aleac iria transferir seu prédio atual, localizado na Rua Arlindo Porto Leal, no Centro, para a Câmara e, em contrapartida, o Legislativo municipal transferiria seu terreno localizado na Via Verde, no novo Centro Administrativo, para que a Aleac construísse sua nova sede; mas as negociações não prosperaram.
1992
Naquele ano, a Aleac investigava supostas irregularidades no processo de construção do Canal da Maternidade, hoje Parque da Maternidade, em Rio Branco. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigava o processo licitatório e o valor da obra, que teria sido feita pela construtora Odebrecht, famosa posteriormente pelas investigações da Operação Lava-Jato.
Apesar de dividir opiniões sobre o motivo do incêndio, não se pode afirmar se foi criminoso ou acidente, que mesmo após três décadas, ainda é o maior incêndio registrado em Rio Branco.