Era uma pescaria sem muitas expectativas, até que um pirarucu de mais de 2 metros e 140 quilos pegou a isca de Wladis Kucharski. Esse é o segundo gigante da mesma espécie que o pescador esportivo fisga em menos de duas semanas no Rio Madeira, em Rondônia.
A pescaria aconteceu na segunda-feira (25) em Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho. Mesma região onde o Wladis e um amigo pegaram um outro pirarucu com mais de 2 metros e 130 quilos.
O peixe pescado mais recentemente tinha quase as mesmas medidas: 2,15 metros e aproximadamente 140 quilos. Ele foi pego, registrado com fotos e vídeos, medido, pesado e devolvido à natureza com vida.
Parceiro de vida
Dessa vez o parceiro de pescaria de Wladis foi o pai dele, Olmir Kucharski, de 76 anos. Para não cansar o patriarca, os dois saíram com a intenção de não demorar muito.
No entanto, segundo o pescador, na primeira jogada de anzol eles já capturaram o peixe gigante. E novamente ele estava passando pela batalha com a maior espécie de peixe de água doce das Américas, e provavelmente do mundo.
“A gente não estava esperando um peixe desse entrar numa linha. O pirarucu deu um trabalho que quase mata eu e mata o velho. Foi muito sufoco porque o peixe entrava na vegetação, se enrolava e voltava pro rio. Eu remei e a gente desceu um bom período lutando com peixe e aí, graças a Deus, conseguimos embarcar ele com cuidado”, relembra.
Pai e filho levaram aproximadamente meia hora pra conseguir subir o pirarucu para a embarcação onde eles estavam. Para Wladis foi fantástico passar pela experiência duas vezes em pouco mais de 10 dias.
A pescaria foi mais completa ainda porque o pai dele estava junto. Principalmente considerando que foi com ele que Wladis aprendeu a pescar, há mais de 30 anos.
Maior Peixe das Américas
O pirarucu considerado o maior peixes de águas doces das Américas e possivelmente do mundo. Não há no rio Madeira um maior que ele. O animal pode chegar a mais de 3 metros e 200 quilos.
“Uma característica dos pirarucus é que eles são peixes pulmonados, ou seja, eles possuem pulmões. Então eles tem aquelas brânquias, como os outros peixes, mas eles precisam subir na superfície pra respirar e aí mergulhar e prender a respiração debaixo d’água”, revela o biólogo Flávio Terassini.