Conversando com alguns partidos que, hoje, compõem a base de Gladson Cameli, não é difícil perceber que alguns ainda não tiveram sua situação resolvida – e estamos às portas das eleições. Não são todos os que estão abrigados, possuem estrutura e em condições de irem às ruas defender o nome – e a reeleição – do governador.
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Essas conversas me fazem lembrar que, não muito tempo atrás, uma frente de partidos governou por 20 anos o Estado do Acre. A Frente Popular do Acre, elogiada ou criticada, ficou por 20 anos no poder. E como conseguiu?
Com um governador comandando a estrutura – sendo Jorge Viana o mais lembrado deles – essa frente sabia exatamente a estrutura que tinha, qual fatia do bolo era inerente a cada partido e a figura máxima, o governador, sempre detinha o maior poder. O poder absoluto.
Com a queda dessa frente, no primeiro dia de janeiro de 2019, muita gente que entrou no governo jamais havia experenciado tanto poder. O que gerou – e parafraseando o líder das esquerdas Francisco Panthio – subgovernos dentro do governo. Algo complicado.
Gladson não errou em dar liberdade, imprimir um mandato democrático e dar estrutura para os partidos que o apoiaram. Mas deu uma infeliz chancela para que, em volta de si, se unissem pessoas preocupadas apenas com os próprios interesses e não com o Governo.
Hoje, é briga daqui, briga dali, jogo do Senado, jogo do vice e por aí vai. É muito jogo em torno de Cameli. Até o nome de seu pai usam para chancelar este ou aquele postulante. Não sou um expert em gestão pública. Mas de uma coisa eu sei: Gladson é um dos melhores governadores que o Acre já viu, mas precisa agir. E logo.
Casa Civil
Enquanto alguns membros da Casa Civil estão preocupados em perseguir este ou aquele aliado de Gladson, existe uma grande quantidade de legendas que estão insatisfeitas com a forma como estão sendo tratadas pelo Governo. Esta é uma sujeira que não pode ser jogada para debaixo do tapete.
Não pensem
Não pensem que, com estas críticas – que são construtivas – meu desejo é atiçar qualquer coisa que seja dentro desse grupo. Longe de mim. Quero mais é que eles se resolvam.
Não posso
Mas não posso deixar de comentar neste espaço as minhas percepções. Minha impressão é que alguns experts em política mataram importantes aulas da Escola das Eleições para comer merenda.
Francisco Piyãko
Pré-candidato à Câmara pelo PSD, Francisco Piyãko lançou nas redes seu financiamento coletivo. É um líder com trabalho admirável.
Mais de 27 mil
Este é o número de eleitores que estão aptos a votar no município de Sena Madureira. É um número que causa um bom impacto nas eleições.
87 mil
Já este é o número de pessoas que vivem na mais completa escuridão, sem energia elétrica no Acre. Como este é um espaço frequentado – e sou muito grato por isso – por políticos das mais diferentes esferas, deixo o despretensioso dado e saio correndo.
Wania Pinheiro
Sou suspeito para falar, mas vejo um caldo bom em torno da pré-candidatura de Wania Pinheiro (PL) à Aleac. A chapa favorece, já que não tem medalhões e pode eleger um deputado com cerca de 3.800 votos. Só que tem mais: Wania possui brilho próprio.
Progressistas
Socorro Neri, Alysson ou Samir Bestene, José Adriano, Dr. Nogueira, Zezinho Barbary: parando para analisar, a chapa de federal do Progressistas está tomando uma boa forma. Se o ex-prefeito Dêda, de Rodrigues Alves, entrasse no jogo, o negócio ficaria melhor ainda.
Progressistas²
No jogo do estadual, o buraco é mais embaixo: Nicolau Júnior, Gehlen Diniz, José Bestene, Manoel Moraes e Maria Antônia – cinco feras – estão na mesma chapa. Para analistas da política local, brigam por três cadeiras.
Analistas
Por falar em analistas, é engraçado ver que alguns deles sequer percebem as novas configurações que se formam. Ainda tem muita água para passar pelas trocentas pontes sobre o rio Acre.
Marechal Thaumaturgo
Até o dia 05 de junho, uma resposta dada a um dirigente estadual de partido pode colocar outro postulante na briga pelos votos em Marechal Thaumaturgo para a Aleac. Até agora, o único pré-candidato daquelas bandas é o ex-prefeito Isaac Piyãko.
Blog do Ton
Pela primeira vez nesses pouco mais de cinco meses que estamos no ar com o Blog do Ton, tivemos um dia útil sem edição: a quarta-feira (18). Fiquei surpreso e feliz com as mensagens que recebi. Está tudo bem, meus amigos. Por ter deixado vocês sem alguns dos bastidores neste dia, vou pensar em uma edição especial para os próximos. Aceito sugestões.